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Chuvas abaixo da média acendem o alerta nas hidrelétricas do Brasil

O volume de chuvas em janeiro foi o pior para o mês em 94 anos, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico – que garante que não há riscos de desabastecimento de energia. Apesar de causar estragos em algumas cidades no país, as chuvas ainda estão abaixo do volume esperado, o que fez o governo determinar medidas para preservar os reservatórios das hidrelétricas.
O volume de chuvas em janeiro foi o pior para o mês em 94 anos, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico. Em fevereiro, a situação não melhorou. De acordo com o comitê de monitoramento do setor elétrico, a estimativa para março é de que o volume de água que chega aos reservatórios das hidrelétricas fique abaixo da média histórica em todos os quatro subsistemas de energia do país.
Por isso, diante do início do período de seca, a partir de abril, o comitê autorizou a redução da saída de água nas usinas hidrelétricas de Jupiá e Porto Primavera, no Rio Paraná, entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. As duas usinas fazem parte do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde a quase metade da capacidade instalada de energia do país.
“Esse período chuvoso foi bastante frustrante, muito abaixo do que a média de longo termo. Portanto, entramos em uma fase agora que devemos preservar essa água, segurar um pouco essas vazões para que a gente possa administrar toda a cadeia, toda a cascata de usinas que vem desde lá, usina de Furnas, no Rio Grande, até essas usinas que estão localizadas já no Rio Paraná”, explica Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS.
A previsão do ONS é de que os reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste fechem o mês com quase 66% da capacidade. No mesmo período de 2023, com chuvas acima da média histórica, o nível ficou em 83%.
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O governo afirma que a decisão de reduzir a vazão das duas usinas é uma precaução, que pode preservar cerca de 7% do nível dos principais reservatórios do sistema até agosto. O Operador Nacional do Sistema Elétrico garante que não há riscos de desabastecimento de energia no país.
O ex-diretor geral da Agência Nacional de Energia Elétrica Jerson Kelman avaliou como correta a decisão do governo.
“Estava sendo desperdiçada água que é equivalente a desperdiçar energia. Então, corretamente, disse: vamos parar um pouco com o desperdício porque isso pode fazer falta na frente. Não há uma iminência de faltar energia em 2024. Mas é preciso estar preparado, guardar essa água, porque talvez ela seja necessária em 2025. Não se pode imaginar que está se economizando água apenas para mantê-la guardada. Não. Quando for necessária, essa água tem que ser utilizada para produzir energia”, afirma.
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