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Negócios virtuais crescem 17% no país

O famoso “bater perna” nas ruas para adquirir bens e serviços tem ficado cada vez mais no passado. Hoje em dia, com alguns cliques, é possível encher carrinhos de compras e contratar profissionais que vão até a sua casa. O ‘boom’ dos negócios virtuais é tamanho que, segundo dados da pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, da BigDataCorp, em 2023, houve um aumento de 17% em todo o país, chegando a mais de 1,9 milhão.Myrella Vieira empreende no setor de vestuário à frente da loja Glam (@vistaglamm), com sede em Feira de Santana e envios para todo o Brasil. Além da página do Instagram, por onde as clientes conhecem o negócio e fecham as compras, para complementar o canal de vendas, Myrella planeja criar um site ainda este ano.Desde que entrou de cabeça no mundo do empreendedorismo, Vieira sempre pensou em atuar exclusivamente por meio do virtual, pela praticidade e para conseguir conciliar com o seu outro trabalho. “A minha intenção é manter a loja virtual sempre, sem espaço físico, já que comprar pela internet é tão fácil hoje em dia. Além disso, também concílio a loja com o meu trabalho de fisioterapeuta, e sendo apenas virtual é mais fácil”, conta a empreendedora.Quem também não tem pretensões de iniciar um empreendimento físico e aposta no digital desde 2015 para chegar até o seu público é Angela Cristina, proprietária da Cores do Peru (@cores_do_peru), loja de moda e decoração. Apesar da sede em Salvador, cerca de 85% dos clientes de Angela são do Sul/Sudeste.“Nunca pensei a Cores do Peru sendo um espaço físico, já que, desde o início, eu queria chegar a outros pontos, inclusive Europa. Como muitos produtos peruanos têm base na lã de Alpaca, naturalmente isolante, para eu chegar a locais que poderiam usar as peças durante todo o ano, como o Sul do Brasil, eu preciso estar no digital”, destaca.Na pandemiaPara Aline Barros, proprietária da Pizza Finíssima, empresa de pizzas pré-assadas e congeladas, o digital foi a saída encontrada para empreender em meio à pandemia de Covid-19. Hoje, com mais de 7 mil seguidores no Instagram, o empreendimento também conta com um site e WhatsApp, coordenados por uma equipe de vendas.“O varejo digital proporciona custos mais acessíveis, desde ocupações, infraestrutura e de funcionários. Além disso, o maior alcance do mercado digital, consequentemente, permite uma maior alavancagem nas vendas”, destaca a empreendedora.A impossibilidade de iniciar uma loja física em meio à pandemia e o ‘boom’ de negócios digitais foi o que levou Giuly Fontes criar a Use IG Store (@useigstore), loja de roupas femininas, através da internet. Atualmente com sete colaboradores e presença em todas as plataformas digitais, após quatro anos, a empreendedora está satisfeita com os resultados e não pretende investir em um espaço físico.“Vendemos para todo o Brasil, temos liberdade com horários e podemos trabalhar de qualquer lugar. Focamos 100% no virtual”, destaca.Apesar das facilidades que iniciar e manter uma loja virtual conferem aos empreendedores, planejar-se e fazer investimentos não é dispensável. Antes de tudo, é importante registrar o domínio, conhecer as leis que regulamentam as vendas pela internet e identificar qual é o melhor formato para o negócio – como MEI, LTDA – destaca o consultor de negócios Osvaldo Matos.Além disso, cadastrar os produtos e ser claro com os clientes é imprescindível. “O cliente não terá um vendedor físico, a imagem e as informações são seu vendedor mais importante. Credibilidade é a palavra que acompanhará seu negócio para sempre”, pontua Osvaldo.Nicho de mercadoDeterminar um nicho também é uma das estratégias mais importantes, ressalta o consultor de negócios. “Entender as regiões geográficas dos seus clientes é importante, já que, por exemplo, vender roupas de frio para regiões em que o calor predomina durante a maior parte do ano pode ser um equívoco. Especificar bem para qual faixa etária se destina também é crucial”.Quanto à estrutura digital mais indicada para manter um negócio online, segundo Rosângela Gonçalves, analista do Sebrae, varia de acordo com o tipo de produto ou serviço oferecido. Apesar disso, ela destaca a importância do site.“Embora uma página no Instagram possa ser útil e trazer bons resultados, é importante ter um hub (espaço) central para a sua empresa, expandindo a sua presença online. Embora as vendas “boca a boca” ainda possam funcionar, uma estratégia de marketing digital bem planejada é crucial para alcançar um público mais amplo”.SegurançaPara os que trabalham exclusivamente através do digital, a possibilidade de um golpe ou ataque hacker é ainda mais assustadora. Só em 2022, 25% das empresas brasileiras sofreram prejuízo devido a ataques hackers, segundo dados da empresa de segurança Proofpoint.Angela Cristina precisou começar do zero no Instagram após ter a conta da sua loja – com 24 mil seguidores – hackeada. O mesmo aconteceu a Myrella que, depois de ter o WhatsApp comercial hackeado, foi orientada a manter as vendas pelo direct do Instagram.Afonso Morais, advogado especialista em cibersegurança, orienta empreendedores a ficarem atentos a autenticação de dois fatores, que adiciona uma camada extra de segurança ao exigir não apenas uma senha e nome de usuário, mas também algo que só o usuário tem em mãos, como um token físico, uma mensagem de texto enviada para o celular ou biometria. Evitar usar redes de Wi-fi públicas para realizar transações e acessar contas importantes também é uma medida de segurança.Além disso, Afonso aconselha o uso de softwares antivírus e demais sistemas de proteção atualizados, além da atenção dos empreendedores aos golpes mais comuns. “Tenha constante educação digital na sua empresa, empreendedores devem estar cientes dos tipos mais comuns de golpes, como e-mails de phishing que tentam enganar os usuários para que revelem informações pessoais. Conhecer os sinais de alerta pode ajudar a evitar cair nessas armadilhas”, pontua.O compartilhamento excessivo de dados por meio das redes sociais pode ser perigoso, alerta o advogado. “Empreendedores devem ser cautelosos sobre quanto e o que compartilham nas redes sociais, informações aparentemente inocentes podem ser usadas contra você em golpes de engenharia social”.* Sob a supervisão da editora Cassandra Barteló
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