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Saiba como foi feita a primeira impressão 3D de coração de bebê para ajudar em cirurgia em Goiás


Modelo tem tamanho igual ao do paciente, que tinha malformação no coração. Custo da mão de obra para esse tipo de trabalho pode chegar a R$ 15 mil. Vídeo mostra imagem virtual de coração para impressão 3D
Goiás realizou a primeira cirurgia cardíaca pediátrica na rede pública que pôde ser planejada com base em um modelo 3D em tamanho real. À base de resina e polímero flexível, o protótipo permitiu que a equipe médica do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, pudesse planejar o procedimento de maneira mais eficiente e assertiva.
Responsável pela cirurgia, a cardiologista Mayra Barreto explica que buscava parceiros para esse tipo de projeto há mais de dois anos, mas que só agora encontrou tecnologia e especialistas capazes de executar em Goiás.
“Neste caso, eu precisava de um material filamentoso, e não rígido. Eu consegui abrir a peça com o bisturi e simular a cirurgia”, relata.
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A impressão foi realizada pelo Laboratório de Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo da Universidade Federal de Goiás (IPElab/UFG). Pedro Henrique Gonçalves, que é coordenador do laboratório e foi o responsável pela impressão, comenta que o trabalho de extração da geometria do coração é a etapa que exige mais critério e qualificação.
“A partir de um exame de imagem, como uma tomografia, utilizamos um software específico da área da saúde para a reconstrução da geometria do coração”, explica.
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De acordo com Gonçalves, algumas partes são reconstruídas e outras remodeladas, e esse tipo de mão de obra é difícil de encontrar.
O protótipo passa ainda por validação da equipe médica antes que seja feita a impressão final.
Cirurgia pioneira
A impressão do coração do bebê leva cerca de sete horas e custa em torno de R$ 150. O custo da mão de obra para esse tipo de trabalho pode chegar a R$ 15 mil.
Equipe do Hugol mostra impressões em 3D em tamanho real de coração de bebê: caso raro de síndrome de hipoplasia – Goiás
Diomício Gomes / O Popular
A cirurgia foi realizada no último dia 26 de fevereiro, Hugol. O bebê possuía duas malformações cardíacas complexas. O procedimento durou apenas duas horas graças ao planejamento feito a partir impressão 3D, enquanto que sem o protótipo poderia durar cerca de seis horas.
“Reduzimos o tempo, mas não conseguimos saber se a criança irá se adaptar à cirurgia ou não. Quanto mais tempo a criança fica com o coraçãozinho aberto, pior é”, explica.
Outros procedimentos
Mayra Barreto explica que, para além de cirurgias cardíacas, a impressão 3D pode ser utilizada na construção de próteses de estruturas de mãos, pés, mandíbulas e crânio, além de auxiliar no tratamento de feridas em diabéticos.
“Já temos tecnologia que imprime próteses de pele que cicatriza, em poucos dias, ferimentos que levavam meses para cicatrizar no método tradicional”, comenta a cardiologista.
Construção e mecânica
Para além da medicina, a impressão 3D também tem conquistado espaço na engenharia civil e na arquitetura. Se há alguns anos a criação de um projeto exigia uma elaboração manual, que demandava muito tempo e esforço, “atualmente, com a digitalização, automações e simulações via auxílio de um computador é possível desenvolver um produto ou serviço com mais agilidade, compatibilidade e assertividade”, explica a arquiteta Ana Paula Nishimoto Ito.
Responsável pela área de manufatura aditiva (conceito que reúne a impressão 3D e outras técnicas de impressão) de uma empresa de transporte coletivo de Goiânia, Nishimoto esclarece ainda que em Goiás já é feita a produção de peças e ferramentas para ônibus por meio da técnica. Na área da engenharia mecânica, a impressão em 3D tem sido utilizada na prototipagem de peças e componentes além da fabricação de peças e ferramentas para reparação de máquinas.
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