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Depois da crise que desvalorizou ações da Petrobras, Haddad, afirma que a distribuição de dividendos vai ser rediscutida

Na quinta-feira (7), as ações da empresa despencaram, um prejuízo de R$ 55,3 bilhões em um só dia. Nesta segunda (11), as ações voltaram a cair. Depois da crise que desvalorizou ações da Petrobras, Haddad, afirma que a distribuição de dividendos vai ser rediscutida
Em Brasília, em meio à crise instalada na Petrobras com a queda do valor das ações, o presidente Lula se reuniu nesta segunda-feira (11) com ministros e o presidente da empresa. No fim da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a distribuição de dividendos, que causou a crise, vai ser rediscutida.
A decisão de quinta-feira (7), quando a Petrobras resolveu não pagar dividendos extraordinários aos acionistas, mostrou a divisão na estatal e no governo. Parte do Conselho de Administração da Petrobras chegou a propor o pagamento de metade dos dividendos extras, fatia maior do lucro. Mas os representantes do governo votaram contra a proposta, que acabou rejeitada. Frustrou as expectativas e perdeu valor de mercado.
As ações da Petrobras despencaram, um prejuízo de R$ 55,3 bilhões em um só dia. E, nesta segunda-feira (11), as ações voltaram a cair e contribuíram para a queda de 0,75% do principal índice da Bolsa de Valores brasileira.
Em entrevista a Andréia Sadi, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que o presidente Lula não deu nenhuma ordem sobre a distribuição dos dividendos e que o assunto ainda está sendo discutido.
“Ficamos com aquela decisão pendente. Os dividendos extraordinários, é bom que se diga, se distribuem 100% para os acionistas todos, inclusive o governo, que tem 37% disso, ou fica tudo em uma conta de reserva. Eu parti com a diretoria para uma proposta intermediária, uma proposta de 50% a 50%. A gente divide uma metade, distribui, afinal esses acionistas também acreditaram na nossa gestão”, disse.
A falta de consenso dentro e fora da Petrobras tomou conta da agenda do presidente Lula à tarde. Ele reuniu o presidente da Petrobras, os ministros de Minas e Energia, da Fazenda e da Casa Civil. Depois, foi ampliada com a presença de sete diretores da Petrobras.
Petrobras: entenda a polêmica dos dividendos
E, depois de três horas e meia de conversa, os ministros da Fazenda e das Minas e Energia deram entrevista. Questionado, Alexandre Silveira disse o conselho pode reavaliar o não pagamento dos dividendos extraordinários.
“É natural que essa questão da distribuição de dividendos, bem como outras questões da governança da Petrobras, é uma questão muito dinâmica. A mensagem real e adequada é de que o dinheiro, os recursos apurados de lucro que não são obrigatórios de ser divididos porque os obrigatórios são os ordinários foram para uma conta de contingência que remunera o capital e que em um momento oportuno, o conselho pode reavaliar a possibilidade de dividir parte, dividir a totalidade”, afirmou.
Fernando Haddad falou que a diretoria da empresa vai repassar informações ao conselho, que poderá rever a decisão.
“A diretoria vai ao longo dos próximos semanas prestar informações para o conselho. E o conselho vai julgar, já que o dinheiro está reservado em uma conta específica de remuneração de capital, julgar a luz do que está planejado a distribuição. Normal”, disse.
Em uma rede social, o presidente Lula postou uma foto e disse que foi uma boa reunião, mas não tocou na questão dos dividendos. Escreveu que o grupo conversou “sobre investimentos em fertilizantes, transição energética, no futuro do nosso país”.
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