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Mulher relata abuso em consultório de ginecologista preso em Maringá: ‘Respiração ofegante, um gemido’


De acordo com a polícia, pelo menos, 8 mulheres denunciaram o médico. Advogado do ginecologista diz que o cliente nega as acusações. Vítima relata abuso sofrido no consultório de ginecologista preso em Maringá
Uma das pacientes atendida pelo ginecologista Hilton José Pereira Cardim, preso por suspeita de abuso sexual na segunda-feira (11) em Maringá, no norte do Paraná, relatou à RPC situações vividas durante consultas. Assista ao relato acima.
“Ele vinha na frente, ouvia o coração, depois ia para parte de trás. Ele ficava com o estetoscópio de uma forma que eu não via ele (…). Aquilo demorava muito, eu comecei a perceber que ele mudou a respiração para mais ofegante, uma respiração de gemido mesmo e ele vai chegando perto com o quadril dele. (…) Fui embora e fiquei pensando que era coisa da minha cabeça”, relatou.
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Pelo menos 8 mulheres denunciaram o médico à polícia. O consultório dele fica na Zona 5, bairro nobre da cidade. Na manhã desta terça-feira (12), após a prisão vir à tona, mais sete mulheres foram à Delegacia da Mulher.
A vítima disse que foi atendida por Hilton em 2014. Ela havia buscado o profissional porque estava com dificuldade para engravidar e buscou o profissional, especialista em reprodução humana. Leia mais abaixo.
Procurada pelo g1, a defesa de Hilton afirmou que não teve acesso ao processo, que tramita em sigilo, e disse que o médico nega os crimes praticados. A defesa também avaliou que a prisão “não possui requisitos legais”.
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Segundo a polícia, a repercussão do caso do ginecologista e obstetra Felipe Sá, réu por abuso sexual, também em Maringá, incentivou as vítimas a buscarem a polícia. Sá responde em liberdade e, de acordo com a polícia, ele negou os crimes.
Vítima relata abuso sofrido no consultório de ginecologista preso em Maringá
Reprodução/RPC
Paciente diz que médico encostou genital nela
Depois do primeiro atendimento, a mulher retornou após os exames ficarem prontos. Conforme ela, o médico reagiu da mesma forma que ocorreu no primeiro atendimento e chegou a encostar o pênis nela.
“Nessa vez ele chegou a encostar, de fato, o pênis ereto na minha nádega, foi quando peguei imediatamente, me retirei do consultório e nunca mais voltei. Fiquei me sentindo muito mal para saber se aquilo tinha acontecido comigo mesmo”, disse.
Após o atendimento, a mulher foi embora refletindo sobre o que ocorreu e desacreditou, pensando que fosse algo que não tivesse acontecido.
Em 2017, em uma conversa com outras mulheres durante um encontro, o nome do médico foi mencionado, quando uma das mulheres afirmou que o médico era “um nojento”.
“Ela relatou que ela tinha sido paciente dele e que ele tinha feito o mesmo fato, exatamente, da mesma forma que ele tinha feito comigo. Em partes me senti aliviada, porque vi que aquilo realmente era real e que de fato fui importunada, abusada”, relatou.
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Hilton José Pereira Cardim preso suspeito de abusar sexualmente de pacientes
Reprodução
A investigação
Em 1° de fevereiro, a polícia cumpriu dois mandados de busca e apreensão na casa e no consultório do médico. No cumprimento das ordens judicias, os agentes apreenderam celulares e documentos.
A delegada Paloma Batista, responsável pelo caso, afirmou que os crimes que o médico é suspeito aconteceram dentro do consultório do profissional, segundo as denúncias recebidas.
De acordo com as vítimas, os abusos aconteceram em datas dos anos de 2011, 2015, 2019, 2022 e 2023.
“Elas relatam que iam até esse médico acompanhadas do marido ou do namorado. Assim que pegavam uma certa confiança nele, passavam a ir sozinhas. Nessa consulta que iam sem os acompanhantes, as vítimas afirmam que o médico dizia que precisava examiná-las. Ele se posicionava atrás e friccionava o órgão genital. Todas afirmam que ouviam uma respiração ofegante dele”, disse.
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Em depoimento, afirmou a delegada, ele negou as acusações e disse que não ficava sozinho com as pacientes durante as consultas.
Essa versão, de acordo com a delegada Paloma Batista, é diferente da contada pelas vítimas. Os relatos citam situações similares quanto à abordagem do médico e quanto às acusações de abuso.
Quem é o ginecologista
No currículo, Hilton José Pereira Cardim, possui graduação em medicina pela Universidade de São Paulo (1988), mestrado em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela Universidade de São Paulo (1999).
Entre as especialidades do médico estão no tratamento de infertilidade, inseminação artificial humana, fertilização in vitro e reprodução humana assistida.
Além disso, é professor universitário.
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Em nota, o Conselho Regional de Medicina (CRM) disse que vai instaurar uma sindicância para apurar a denúncia contra o médico.
A Polícia Civil tem 10 dias para concluir o inquérito sobre o caso. Conforme a delegada responsável, se denunciado e condenado, por de violência sexual mediante fraude, a pena varia de dois a seis anos de prisão.
Delegacia da Mulher de Maringá, que investiga o caso
Reprodução/Polícia Civil
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