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Governo anuncia que pretende fazer rodízio de integrantes dos conselhos administrativos de estatais


Movimentação vem em meio à crise provocada pela decisão da Petrobras de não pagar dividendos extraordinários aos acionistas. Sinalização dada pelo governo de que pode rediscutir o pagamento dos dividendos melhorou a expectativa do mercado. O governo anunciou nesta terça-feira (12) que pretende fazer um rodízio de integrantes dos conselhos administrativos de empresas estatais.
Em conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, foi questionado sobre mudanças nas cadeiras do governo nos conselhos de estatais e o que está sendo tratado com o presidente Lula:
“Vai ser apresentada a ele a relação de quem está hoje e, eventualmente, quem ele gostaria de substituir ou remanejar uma pessoa para outro conselho. Esse rodízio, também, nós vamos fazer em outros lugares; rodízio de pessoas de um conselho para outro. Até para oxigenar os conselhos das estatais, a gente vai fazer com algumas pessoas esse rodízio. Não é exclusivo do conselho da Petrobras. Nós haveremos de fazer esse rodízio em outros conselhos também”.
Foi em uma reunião nesta segunda (11) que o presidente Lula decidiu dar ao Ministério da Fazenda uma vaga no conselho da Petrobras. Como principal acionista, o governo ocupa seis das 11 cadeiras no conselho.
O ministro Fernando Haddad deve indicar seu secretário-executivo adjunto, Rafael Dubeux, para substituir o engenheiro eletrônico Sérgio Rezende no Conselho de Administração da Petrobras.
Essa movimentação vem em meio à crise provocada pela decisão da Petrobras, na quinta (7), de não pagar dividendos extraordinários aos acionistas. Houve um racha na estatal e no governo, além da perda bilionária no valor de mercado.
Depois de dois dias em queda, as ações da Petrobras fecharam em alta de mais de 3%
JN
A sinalização dada pelo governo de que pode rediscutir o pagamento dos dividendos melhorou a expectativa do mercado. Depois de dois dias em queda, as ações da Petrobras fecharam em alta de mais de 3%.
Agora, a sinalização de interferência política veio em outra empresa, onde o governo tem participação por meio da Previ e uma golden share, que dá poder de veto na ex-estatal, provocou reação.
O conselheiro de administração da Vale, José Luciano Duarte Penido, renunciou ao cargo por discordar do processo de sucessão da presidência da empresa. Em uma carta endereçada ao presidente do conselho de Administração, Daniel Stieler, Penido afirma:
“O atual processo sucessório do CEO da Vale vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política”.
Nesta terça, em nota, o Conselho de Administração da Vale disse que “no que tange ao processo de definição do presidente da companhia, que sua atuação está rigorosamente em conformidade com o estatuto social da Vale, o regimento interno do órgão e políticas corporativas”.
O governo Lula ensaiou emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da companhia. Os acionistas reagiram mal, o que fez o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negar a pretensão em janeiro. Ainda assim, há receio de investidores de que Lula insista em alguém alinhado ao governo.
A avaliação de especialistas, como o economista-chefe da Ryo Asset Gabriel Leal de Barros, é de que o projeto de interferência do governo é um erro:
“Você tem muitas disputas políticas que acabam passando por cima dessa racionalidade econômica. Isso cria uma insegurança jurídica e muda a regra do jogo; uma interferência como essa que é muito danosa para o governo no médio prazo. No final das contas acaba afastando investimento por conta dessa interferência. Então, assim, o saldo líquido não é positivo”.
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