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Mãe de jovem morta a facadas revela preocupação que tinha com o namoro da filha: ‘Desde que se conheceram, eu não dormia mais’


Thainná de Carvalho Duarte, de 28 anos, namorava o principal suspeito do crime há cerca de 1 ano e 8 meses. Família relata episódios de ciúmes e briga entre o casal que morava em Itu (SP). Killiana Sanches e Thainná Duarte, que foi vítima de feminicídio
Arquivo Pessoal
A mãe da jovem de 28 anos que morreu esfaqueada em Itu (SP), em 2 de março, disse que já havia presenciado brigas entre a filha e o namorado dela, de 32 anos, que é o principal suspeito do crime, e revelou preocupação. Guilherme da Silva Carvalho foi preso um dia após a morte da jovem.
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Thainná de Carvalho Duarte foi encontrada desacordada com uma marca de facada no pescoço, dentro da casa onde morava, no Centro. Ela foi socorrida e levada até à Santa Casa, mas não resistiu.
Killiana de Carvalho Sanches, mãe de Thainná, conta que o casal se conheceu em uma festa e estava junto há cerca de um ano e oito meses. Killiana conversou com o g1 e contou sobre a filha, que é mãe de um menino de oito anos, fruto do primeiro casamento da jovem.
“Minha filha era muito extrovertida, brincalhona, estava sempre sorrindo. Tinha o sonho de cursar pedagogia e psicopedagogia, pois gostava de ajudar as pessoas, ouvir desabafos. E sonhava em criar o filho dela com muito amor e dar tudo que ele sempre precisasse.”
Segundo a mãe, Thainná tinha se mudado da casa da família para morar com o namorado há alguns meses. Ela relata que não se sentia confortável com o relacionamento dos dois, por achar que o homem agia de maneira agressiva.
“Desde que eles se conheceram, eu não dormia mais. Na primeira vez que vi ele, já tive uma sensação ruim e disse que não queria ela na companhia dele. Mas a gente não consegue mandar nos filhos, né? E ele tinha lábia, sabia agradar a Thainná e manter ela por perto.”
Thainná de Carvalho Duarte foi morta pelo marido em Itu (SP)
Reprodução/Facebook
‘Ciúmes possessivo’
Segundo Killiana, o homem demonstrava ter muito ciúmes da jovem. “Ela não podia se arrumar, não gostava que ela saísse de casa. Tinha ciúmes possessivo de todos os amigos dela”.
Em uma das discussões entre o casal, que foi na casa da mãe, Killiana relembra que a família chamou a polícia para deter o homem.
“Ele tinha bebido e minha filha disse para ele ir dormir, pois estava alterado. Nisso, ele começou a gritar com ela e foi pra cima da Thainná. Eu entrei no meio da briga e falei pra ele: ‘você não trata a minha filha assim’. Chamamos a polícia e até os policiais aconselharam ela a se separar, que dali pra frente a tendência era só piorar.”
A mãe da vítima ressalta que após as brigas, o homem sempre presenteava Thainná com café na cama, flores, chocolates e perfumes.
“Era uma forma de fazer ela acreditar que ele era bom, que não tinha agido por mal e que iria mudar”, comenta.
Crime após churrasco
Killiana relembra que a semana em que Thainná foi morta, ela havia convidado a filha para jantar em casa, mas a jovem disse que não poderia, pois já havia planejado um jantar com o namorado e o filho.
“No sábado [2 de março, dia do crime], eu falei com ela de manhã, pois meu marido precisava levar um portão para deixar na casa dela. Depois disso, ela me mandou um áudio dizendo que me amava muito, agradecendo por tudo. Eu convidei novamente ela para ir em casa naquele dia, mas ela me disse que o namorado estava fazendo churrasco e que esperavam pela filha dele.”
Segundo a mãe, a filha estava animada e contou que ela, o filho e o namorado iriam sair para tomar sorvete naquela tarde. Foi a última conversa entre mãe e filha.
Thainná contou para a mãe que a família fazia churrasco e que iriam tomar sorvete na tarde do sábado, dia em que Thainná foi morta
Reprodução
Filho pediu socorro
Por volta de 19h30 do sábado, Thainná mandou uma mensagem para a mãe, perguntando o que Killiana estava fazendo, mas a mulher não viu a mensagem.
“Quando foi 21h13, me ligaram do celular do meu neto, pois o celular dela estava no conserto. Eu atendi e era uma vizinha da Thainná. Ela me disse que estava com a minha filha e que ela havia sido esfaqueada.”
Última mensagem enviada por Thainná para a mãe
Reprodução
Segundo Killiana, os vizinhos ouviram o pedido de socorro do filho de Thainná e entraram pelo telhado da casa. A mãe e o irmão de Thainná foram até o local e encontraram a jovem.
“Meu neto estava rouco de tanto que ele gritou por socorro. Infelizmente, ele presenciou parte da discussão e viu a mãe machucada.”
Thainná e o filho, que tem oito anos
Arquivo Pessoal
Segundo a mãe, o suspeito do crime foi encontrado pela polícia andando em uma rodovia. Ele estava com marcas de sangue pelo corpo e levava a faca usada no crime. O homem foi detido e encaminhado à delegacia, onde disse à polícia que havia sido agredido com um soco no rosto pela jovem e depois que teria esfaqueado a namorada e fugido.
“Eu quero justiça. Ele precisa ficar preso, porque se não vai continuar agredindo, matando. Vai fazer mal para mais famílias”
O caso foi registrado como feminicídio. O homem teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pela Justiça.
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