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Pressão na saúde pública faz Hospital PUC-Campinas suspender cirurgias eletivas


Superlotação do HC da Unicamp e pedido para não encaminhar mais pacientes fez a demanda aumentar em outras unidades que atendem o Sistema Único de Saúde na metrópole. Reunião nesta quarta discute a situação. Com superlotação nos prontos-socorros, Campinas convoca reunião para discutir cenário
A pressão na saúde pública de Campinas (SP) fez o Hospital PUC-Campinas anunciar, nesta quarta-feira (13), a suspensão temporária de cirurgias eletivas – aquelas que não são de urgência e emergência.
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A unidade informou na terça-feira (12) que está com sobrecarga de atendimento, após o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp comunicar que está superlotado e com três vezes mais pacientes do que a capacidade de leitos comporta.
A alta demanda também atinge os hospitais Ouro Verde e Mário Gatti, o que fez com que a Prefeitura de Campinas convocasse uma reunião para discutir a situação na manhã desta quarta.
Representantes do Departamento Regional de Saúde 7 (DRS-7) , Hospital da PUC, HC da Unicamp e da autaraquia Rede Mário Gatti, que administra os hospitais e UPAs municipais, vão participar do encontro.
O Hospital PUC-Campinas ainda informou nesta quarta que, após o comunicado do HC, houve um maior encaminhamento de pacientes pela Central de Regulação de Vagas (Cross), o que aumentou a capacidade nos Pronto Socorros Adulto, Pediátrico e Materno Infantil do convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Fachada do Hospital Celso Pierro, no Campus 2.
PUC-Campinas.
Como está a situação na rede pública de Campinas:
Unidade de Emergência adulto do HC da Unicamp: 30 leitos e 90 pacientes internados (três vezes maior que a capacidade).
Hospitais municipais (Mário Gatti e Ouro Verde): prontos-socorros com todos os leitos ocupados.
Hospital PUC-Campinas: atendimento SUS da Unidade de Emergência com atendimento acima da capacidade instalada.
Paciente aguarda atendimento deitado no chão no HC da Unicamp
Reprodução/EPTV
HC tem situação ‘caótica’
A situação no HC da Unicamp é a mais complicada. A unidade pediu às centrais reguladoras, concessionárias, além de Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, para que não encaminham mais pacientes.
Novos vídeos obtidos pela EPTV, afiliada da TV Globo, mostram pacientes do HC da Unicamp em leitos improvisados, macas nos corredores e pacientes deitados em cadeiras. Na quarta-feira, imagens já mostravam o improviso no local.
Na sala de espera da Unidade de Emergência Referenciada (UER) para adultos, a lotação também foi grande durante toda a madrugada. Pacientes que chegaram às 20h de terça ainda não tinham sido atendidos até às 8h desta quarta.
A reportagem flagrou um homem deitado no chão da sala de espera. O aposentado Murilo Ricardo é paraplégico e afirmou que procurou atendimento por conta de uma infecção de urina. Ele aguardava há 12 horas a consulta.
“Passei a noite, passei pela triagem, mas nenhum médico veio atender. A situação está caótica. Não tem ninguém para responder, só tem macas”, disse.
A doméstica Néia Martins da Silva afirmou que os pacientes chegaram a receber atendimento em cadeiras por falta de macas.
“Todas as macas estão cheias. Tem gente dormindo em cadeira, pacientes com soro dormindo em cadeiras, velhinhos, está superlotado, está bem caótico mesmo”, afirmou.
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Segundo o hospital, a unidade está atuando com “sobrecarga da área física, de equipamentos e de recursos humanos e materiais”.
Paciente deitada em cadeiras no HC da Unicamp
Reprodução/EPTV
Sem relação com dengue e covid
A superintendente do HC afirmou que o problema da lotação é crônico, e disse não ter relação com aumento de casos de covid e dengue.
“É um assunto recorrente essa questão da superlotação da porta de urgência e emergência, que era pra se uma porta referenciada e é sempre uma realidade que a gente tem que enfrentar. Nesse momento, como esse aumento é crônico, ele não tem a ver com picos de dengue e covid, o que não deixa, óbvio, de ter uma importância da dengue no estado de São Paulo”, afirmou Elaine.
Corredores lotados no HC da Unicamp em Campinas
Reprodução / EPTV
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