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Drama da superlotação: o que relatam pacientes que aguardam atendimento nos hospitais públicos de Campinas


Com capacidade para 30, HC da Unicamp chegou a ter 100 pacientes na emergência na tarde desta quarta. Sistema de Saúde de Campinas passa por superlotação e falta de leitos
Em macas, leitos improvisados ou cadeiras na recepção. Acompanhantes e pacientes que aguardam atendimentos, exames e cirurgias em hospitais públicos de Campinas relataram nesta quarta-feira (13) a angústia e o drama que enfrentam nas unidades.
A equipe da EPTV, afiliada da Globo, esteve na tarde desta quarta na emergência do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e na recepção do Hospital Ouro Verde e o quadro era parecido: superlotação e muitas queixas de demora.
No HC eram 100 pacientes para 30 leitos. Com isso, os corredores da emergência estavam lotados de pacientes, e funcionários relatavam falta de espaço até para novas macas.
“[Estou aqui] desde ontem às 10h da manhã. O médico ainda não solicitou o quarto para ele. Ele ta com infecção já, está precisando de leito, mas não tem leito”, relatou Fernanda Giacheto, acompanhante de um paciente do HC.
Paciente aguardava leito há mais de 24 horas no HC
Heitor Moreira/EPTV
Transferido da Santa Casa de Mogi Guaçu, o pai da professora Nanci Diniz Andrade tem um aneurisma e, segundo ela, precisa de cirurgia urgente.
“Sábado conseguimos a vaga para a cirurgia, só que chegando aqui todo dia faz exame e analisa, mas não faz a cirurgia dele. A gente ta aguardando até agora. [Ele] não conseguiu subir ainda, mas não tem vaga e ele está aqui no pronto-socorro aguardando vaga”.
Também no HC, a dona de casa Thaís Stalino aguardava atendimento na recepção com a sogra, que está com anemia e precisa de um exame de emergência.
“Chegamos 8 horas da manhã de ambulância, não conseguimos entrar pelo pronto-socorro com a ambulância, informação que a gente tinha que vir aqui para o atendimento para fazer a ficha e estamos aguardando aqui na recepção”.
Sem conseguir um leito, Thaís aguardava atendimento na recepção com a sogra, que precisa de um exame de emergência
Heitor Moreira/EPTV
Hospital Ouro verde
No hospital Ouro Verde, administrado pela prefeitura de Campinas, equiope da EPTV encontrou lotação na recepção e, segundo o município, todos os 40 leitos de UTI estão ocupados.
Com sintomas de dengue, a autônoma Pamela Regina Campos chegou às 18h00 terça-feira (12) no hospital, dormiu em uma cadeira e ainda aguardava na recepção.
“Pediram para fazer uma ressonância, 11 horas da manhã foi feito o exame e agora eu fui perguntar o resultado do meu exame e disseram que perderam” o resultado do meu exame.
A Suzy Teresinha Cunha demorou 10 horas para ser atendida e seguia aguardando resultado de exames. “Eu sou cardíaca, diabética, tenho pressão alta e cheguei aqui passando mal com dores no pulmão, pontadas no peito e até agora nenhum resultado para mim”.
HC da Unicamp enfrentou mais um dia de superlotação
Heitor Moreira/EPTV
Reunião convocada
A transferência de pacientes de outras cidades e o pedido de ampliação de leitos ao governo estadual estão entre as medidas anunciadas pelo prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), no início da tarde desta quarta-feira (13), após reunião convocada para discutir a crise da saúde.
Autoridades municipais e estaduais, além de representantes dos hospitais, participaram de reunião na prefeitura.
Reprodução/EPTV
O encontro reuniu representantes da prefeitura, da Secretaria Estadual da Saúde, do Hospital de Clínicas da Unicamp, que pediu às centrais reguladoras e serviços de emergência que não encaminham mais pacientes, e do Hospital PUC-Campinas, que suspendeu cirurgias eletivas por conta da superlotação.
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Em coletiva, o prefeito admitiu a sobrecarga na Saúde, mas afirmou todos os pacientes estão sendo assistidos pela rede.
“Tem alguns pacientes que aguardam nos pronto-socorros e nos leitos de retaguarda, mas estão sendo atendidos. Não tem nenhum paciente desassistido”, disse Dário.
Corredores lotados no HC da Unicamp em Campinas
Reprodução / EPTV
Principais medidas anunciadas
Transferência de pacientes de outras cidades, principalmente os de baixa complexidade, para o município ou região de origem:
“Ficou combinado com o DRS-7, que o governo do estado fará um esforço de transferência de pacientes de outras cidades para a cidade ou região desses pacientes. E principalmente de pacientes de baixa complexidade”, afirmou Dário.
Solicitação ao governo do estado de mais leitos de baixa e média complexidade nas cidades da região:
“É importante que outras cidades da região de Campinas consigam abrir leitos. Nós não queremos que cidades médias tenham leitos de alta complexidade, como tem o HC, a PUC e o Mário Gatti, mas é importante que você tenha a ampliação de leitos para pacientes de baixa e média complexidade”, disse Saadi.
Solicitação ao governo do estado da criação de um sistema regional de gestão das vagas hospitalares:
“A ideia é que se faça uma regulação regional, com participação da Unicamp com a DRS e distribua não só as urgências, como faz a Cross (sistema estadual de regulação de vagas) hoje, mas todos os casos de internação”, detalhou o prefeito.
O prefeito disse que também vai pedir ao estado a ampliação das vagas de hemodiálise e a complementação de verba da tabela SUS Estadual aos hospitais do município. A reunião entre Saadi e o secretário Estadual de Saúde, Eleuses Paiva, está prevista para a terça-feira (19).
Em outra reunião marcada, com o Ministério da Saúde, Dário Saddi disse vai solicitar, por meio da Frente Nacional dos Prefeitos, o aumento nos valores da tabela SUS.
Motivos da sobrecarga
Ainda durante coletiva, o prefeito de Campinas , Dário Saadi (Republicanos), atribuiu a sobrecarga dos hospitais ao aumento nos atendimentos de várias doenças rede pública de Saúde da cidade:
Aumento de 13% dos atendimentos de dengue;
Aumento de 8% dos atendimentos de Covid-19;
Doenças respiratórias em crianças fora de época;
Pacientes crônicos com agravamento das doenças;
Pacientes sem hemodiálise que tiveram que ser internados;
Entrada de 100 mil pessoas no SUS depois da pandemia em razão da perda de convênio médico.
Segundo Saadi, na Rede Mário Gatti, responsável pela gestão dos hospitais Mário Gatti e Ouro Verde, a média de pacientes atendidos passou de 2 mil para 2,6 mil por dia às segundas e terça-feiras.
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