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Baixa cobertura de vacina que previne contra vários tipos de câncer gera preocupação em Campinas


Na metrópole, 38% dos público-alvo masculino completaram a imunização composta por duas doses. Meta estipulada pelo Ministério da Saúde é de 80%. Frasco de vacina contra o HPV
Reprodução/EPTV
💉 Meninos dos 11 a 15 anos têm a menor taxa de cobertura vacinal contra o papilomavírus, o HPV, em Campinas (SP). Entre o público-alvo masculino, 38% completaram a imunização composta por duas doses. Em todas as faixas etárias e em ambos os sexos a proteção está abaixo dos 80%, meta estipulada pelo Ministério da Saúde.
A baixa cobertura deixa crianças e adolescentes expostos ao risco de desenvolverem doenças graves, já que a vacina contra o HPV serve para prevenir e reduzir doenças causadas pelo vírus como câncer de colo do útero, vulva, vagina, região anal, pênis e orofaringe e verrugas genitais.
“A médio e a longo prazo, ela protege toda a população do desenvolvimento destes tipos de câncer”, afirma a coordenadora do Programa de Imunização de Campinas, Chaúla Vizelli.
Os dados disponibilizados pela Prefeitura de Campinas se referem a série histórica dos últimos dez anos, ou seja, desde 2014, quando a vacina foi incorporada de forma escalonada do calendário de vacinação do SUS.
Ampliação do público-alvo
O público-alvo, inicialmente, eram meninas dos 11 aos 13 anos, faixa que foi ampliada posteriormente para crianças e adolescentes dos 9 a 14 anos.
Em 2022, houve a ampliação da vacinação contra o HPV para contemplar garotos de 9 e 10 anos, igualando a indicação do Ministério da Saúde para os ambos os sexos.
A vacina contra o HPV é ministrada em duas doses que devem ser aplicadas com um intervalo de 6 meses entre elas. Há, ainda, uma queda na taxa de cobertura de uma dose para outra em ambos os sexos, de acordo com a prefeitura.
“É uma faixa etária que não retorna frequentemente às salas de vacina, exceto para alguma campanha pontual ou situação de bloqueio em uma viagem, por exemplo”, afirma Chaúla.
Na rede pública, a primeira dose da vacina é aplicada até os 14 anos, seguindo a recomendação do Ministério da Saúde. Já a segunda dose é disponibilizada na rede pública até os 15 anos. Confira as taxas de cobertura de 2014 a 2024 de acordo com sexo, faixa etária e aplicação abaixo.
Taxa de cobertura da vacina contra o HPV em Campinas
Desprotegidos
Segundo Chaúla, entre os fatores que contribuem para a baixa adesão à campanha de vacinação contra o HPV estão as fakes news.
“Há algum tempo a gente vem enfrentando essas baixas coberturas por uma série de motivos: fake news, insegurança em relação à vacina e, principalmente, o período no qual ela é ofertada, pois quando a campanha começou em 2014 a vacina era destinada só às meninas”, explica.
A atualização mais recente para contemplar os meninos é uma explicação para a cobertura menor entre esse público.
“A gente já tem uma queda significativa na primeira dose, e a segunda, para os dois sexos, também já é bem aquém do esperado. Em resumo, cerca de 60% dos meninos desta faixa etária não estão adequadamente protegidos”, diz Chaúla.
Vacina contra HPV ainda não tem muita aceitação no Brasil
Olena Ivanova/ BBC
Em relação às meninas, 45% não completaram a imunização. A longo prazo, isso pode influenciar nos casos de câncer de colo útero, uma das doenças provocadas pelo HPV.
“A gente está deixando de proteger a nossa população em relação a esses cânceres, que causam uma série de prejuízos tanto em relação à vida, como uma perda precoce que abala a família e a sociedade, quanto ao município, no ponto de vista econômico”, afirma Chaúla.
Conforme o Ministério da Saúde, aplicar a 1ª dose na infância ou adolescência é fundamental para garantir a proteção contra o vírus.
Como a transmissão é principalmente por meio de relações sexuais, a recomendação é que a proteção seja garantida antes do início da vida sexual.
Em Campinas, a vacina contra o HPV está disponível nos 77 Centros de Saúde e não há necessidade de agendamento. Para conferir os medicamentos disponíveis por unidade básica, basta visitar o site.
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