Mais 32 mulheres procuram polícia depois da prisão de ginecologista investigado por abuso sexual em Maringá

Hilton José Pereira Cardim cometia os abusos no consultório dele, conforme a polícia. Defesa nega as acusações. Ele está preso desde segunda-feira (11). Mais mulheres denunciam ginecologista preso em Maringá
Outras 32 mulheres procuraram a delegacia da mulher de Maringá, no norte do estado, para prestar depoimento sobre o ginecologista Hilton José Pereira Cardim, suspeito de abusar sexualmente de pacientes durante atendimento.
Ele foi preso na segunda-feira (11). Oito mulheres procuraram a polícia antes do médico ser detido. Até esta quinta-feira (14), 19 mulheres foram ouvidas.
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A defesa de Hilton afirmou que não teve acesso ao processo, que tramita em sigilo, e disse que o médico nega os crimes praticados. Também avaliou que a prisão “não possui requisitos legais”.
A delegada Paloma Gonçalves afirmou que os crimes aconteceram dentro do consultório do profissional, segundo as denúncias recebidas.
“Ele se posicionava atrás dessas mulheres e ficava friccionando o seu órgão genital, todavia ele utilizava ali o pretexto de auscultar os órgãos internos dessas vítimas”, falou.
Conforme as vítimas, os abusos aconteceram em datas dos anos de 2011, 2015, 2019, 2022 e 2023.
Hilton José Pereira Cardim, médico preso suspeito de abusar sexualmente de pacientes
Reprodução/ CEDOC/ RPC
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A versão dele, de acordo com a delegada, é diferente da contada pelas vítimas. Os relatos citam situações similares quanto à abordagem do médico e quanto às acusações de abuso.
Segundo a polícia, todas as vítimas relataram ações iguais praticadas por Cardim, que também é professor universitário da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Conforme a delegada, se denunciado e condenado, por de violência sexual mediante fraude, a pena varia de dois a seis anos de prisão.
Uma delas contou à RPC situações vividas por ela durante consultas com o médico. Assista o vídeo abaixo.
“Ele vinha na frente, ouvia o coração, depois ia para parte de trás. Ele ficava com o estetoscópio de uma forma que eu não via ele (…). Aquilo demorava muito, eu comecei a perceber que ele mudou a respiração para mais ofegante, uma respiração de gemido mesmo e ele vai chegando perto com o quadril dele. (…) Fui embora e fiquei pensando que era coisa da minha cabeça”, relembra.
A Polícia Civil tem até a semana que vem para concluir o inquérito.
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Médico será investigado em sindicância
Em nota, o Conselho de Medicina informou que vai instaurar uma sindicância para apurar a denúncia de possível desvio ético.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM) informou que vai aguardar os desdobramentos do caso.
Quem é o médico
No currículo, Hilton José Pereira Cardim, possui graduação em medicina pela Universidade de São Paulo (1988), mestrado em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela Universidade de São Paulo (1995) e doutorado em medicina (obstetrícia e ginecologia) pela Universidade de São Paulo (1999).
Entre as especialidades do médico estão no processo de infertilidade, inseminação artificial humana, fertilização in vitro e reprodução humana assistida.
Hilton José Pereira Cardim, médico preso suspeito de abusar sexualmente de pacientes
Reprodução
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