Pelo menos 730 famílias continuam no Parque de Exposições e já começam o processo de voltar para casa nesta quarta-feira (13). Estimativa é de que até o fim de semana, 95% destas consigam fazer este retorno. Mais de 3 mil pessoas estiveram abrigadas no Parque de Exposições, em Rio Branco
Victor Lebre/g1
Nesta quarta-feira (13), foi dado início oficial ao deslocamento das primeiras famílias desabrigadas pela cheia do Rio Acre, que estão nos boxes do Parque de Exposições Wildy Viana, para suas residências. A Defesa Civil Municipal irá ajudar na volta dessas pessoas, além de realizar a vistoria nas casas.
Contexto: O manancial ficou mais de uma semana acima dos 17 metros chegando a alcançar a maior cota do ano, de 17,89 metros. Essa foi a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971. A maior cota histórica já registrada é de 18,40 metros em 2015.LEIA MAIS:
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Com a vazante, cerca de 40 famílias saíram, inicialmente, por conta própria os abrigos montados pela Prefeitura de Rio Branco. Contudo, a Defesa Civil Municipal explicou que essas pessoas não foram liberadas a voltarem, porém, receberam assistência com sacolões e kits de limpeza.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão, as famílias que estavam abrigadas em escolas já começaram a ser removidas. A partir desta quarta (13), o deslocamento será feito para os abrigados no Parque de Exposições.
São 730 famílias que ainda se encontram no espaço. O coordenador explicou que a organização para a ida e entrega de donativos será realizada antes do deslocamento.
“As pessoas vão no nosso ponto de administração, selecionamos o bairro e mandamos ela para a assistência social, para poder verificar seus documentos, inclusive o que elas trouxeram. A partir daí, elas retornam conosco, nós já temos uma viatura pronta e também equipes de mudança para ir até o box, onde está o inventário, devolver os seus pertences e ao mesmo tempo ir até o canil e gatil para devolver os seus animais. Posteriormente, ela passa novamente aqui no início para poder receber a sua cesta, a sua água e o seu kit de limpeza”, explicou Falcão.
A previsão da Defesa Civil é de que pelo menos 100 famílias desabrigadas não conseguirão retornar para as suas casas, dado o risco que elas tem no bairro. Essas famílias precisarão aguardar até que seja disponibilizado um aluguel social para elas.
Vistoria
O tenente-coronel ainda disse que, além da devolução dos pertences dos desabrigados, será realizada a vistoria nas residências que foram atingidas. “Nós temos aqui milhares de pedidos de vistorias. Então, para dar um foco maior, uma vez que nós já temos uma demanda reprimida, nós já estamos fazendo simultaneamente. A partir do momento que nós vamos na casa, já com a mudança da pessoa, já realizamos essa vistoria”, garante.
Além da Defesa Civil, equipes do Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC), 140 servidores da Prefeitura de Rio Branco e 20 viaturas pesadas serão disponibilizados para auxiliar no retorno das famílias. Essa força-tarefa tem o objetivo de dar agilidade à volta dessas famílias para casa. A estimativa é de que pelo menos 95% destas consigam voltar até o fim de semana.
Falcão explica que diversas vistorias também estão sendo feitas nesse momento. “Nós estamos fazendo em comércio, em praças, prédios públicos, uma série de vistorias que nós estamos fazendo. Mas a dinâmica é essa para poder dar fluidez. Nós já estamos com mais de duas mil solicitações de vistoria. Então, as famílias que estão em parque, a gente já faz simultaneamente”, salientou.
*Colaborou o repórter Richard Lauriano, da Rede Amazônica Acre.
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