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Mês das Mulheres: Após ser impedida pelo pai de laçar, ‘amazona’ passa paixão para filhos em MS


Celeide Aureliano Conceição, de 35 anos, sempre foi apaixonada por cavalos, mas só pode começar a praticar laço comprido aos 18 anos. Esporte que fez questão de ensinar os filhos desde crianças. Celeide passou a paixão por cavalos para os filhos.
Arquivo pessoal
Um dos esportes mais praticados em Mato Grosso do Sul surgiu nos anos 50 e se popularizou entre os “peões” das fazendas. Para Celeide Aureliano Conceição, de 35 anos, ver o pai no lombo de um cavalo sempre foi sinônimo de admiração. Ela nasceu e cresceu na zona rural do município de Sidrolândia (MS), a 70 km de Campo Grande, e a paixão pelos animais floresceu junto a pelo esporte de laço comprido.
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O laço comprido é uma modalidade em que o competidor, montado em um cavalo, deve laçar um bovino que é solto dentro de uma arena. A prova que exige habilidade, agilidade e sintonia entre o animal e o laçador, surgiu da necessidade que os criadores tinham de conter gado, quando não haviam cercas.
“Eu comecei a laçar depois, quando eu peguei a maior idade, porque quando eu era pequena, o meu pai não deixava laçar. Porque naquela época, isso faz muito tempo, as mulheres não tinham privilégio para fazer as coisas que hoje a gente tem vontade de fazer. Naquela época era preconceito, uma mulher na pista, uma menina laçando, uma mulher em cima de um cavalo, então o meu pai não deixava por conta disso”, afirmou Celeide.
Celeide cavalgando com os filhos.
Arquivo pessoal
Aos 18 anos, Celeide realizou o sonho de laçar o primeiro gado e a partir de então, nunca mais abandonou a sela.
“Quando eu peguei a maior idade, eu fui fazer o que eu tinha vontade, que era laçar, ficar o tempo todo em cima de um cavalo, trabalhar em cima de um cavalo, eu já trabalhei muito tempo na fazenda, mexendo com gado, mexendo com cavalo. E para mim, isso daí veio do meu pai. Meu pai é meu espelho, meu pai que me ensinou tudo, a maioria das coisas que eu sei e aprendi com ele”, completou.
Amor que passou de geração: Celeide ensinou para os filhos a arte da montaria e, inclusive, mostrou para a filha como laçar. “Sempre do lado dela. A primeira armada dela eu estava lá”, disse.
Primeira vez que a filha de Celeite praticou o lanço comprido.
Arquivo pessoal
“Meus filhos têm contato com os animais desde o primeiro mês, quando fica firme, eu já coloco em cima do cavalo, levo o mangueiro comigo”, destacou.
Todo ano, Celeide participa da Cavalgada Especialmente Mulher, realizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social (Seas) de Sidrolândia, com apoio da Secretaria de Governo e Desburocratização (Segov).
Em 2024, o evento é realizado neste sábado (16), com a presença da locutora e berranteira Ana Carla Jacob, de Goiânia (GO), além de café da manhã, almoço e campeonato de laçada de boi parado, para crianças com premiação, tudo gratuito.
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