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Família de casal morto por choque após moto ser atingida por fio de energia pede justiça; mulher estava grávida e bebê também não resistiu


‘Culpa é do engenheiro que não deu a devida manutenção à área’, diz advogado da família das vítimas. Neoenergia afirma que fio condutor foi partido por ligações clandestinas na área. Casal morto após moto em que estavam ser atingida por fio de energia
Reprodução/TV Globo
Perplexidade e pedido de justiça é o que sobrou para a família do casal morto por um choque elétrico em Igarassu, após a moto em que estavam ser atingida por um fio de energia. A mulher estava grávida de oito meses e o bebê também não resistiu.
“Não há porque se colocar a culpa nas vítimas. A culpa é do engenheiro que não deu a devida manutenção à área”, afirma o advogado da família das vítimas, Ernesto Cavalcanti.
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Maysa Estelita Vidal da Silva tinha 27 anos e estava grávida de oito meses. O pai da criança, Felipe Roberto da Silva Cruz, de 33, dirigia a moto. Também estava no veículo a filha de Maysa, Maria Luiza, de 9 anos, única sobrevivente da tragédia. Eles receberam uma descarga elétrica quando passavam pela Rua Santa Marta, em Cruz de Rebouças, Igarassu, no Grande Recife, na madrugada do sábado (16).
“A perícia atesta, até agora, que um fio de alta tensão estava no meio da estrada. É um acidente causado única e exclusivamente por uma irresponsabilidade gritante da Neoenergia. Pelo que eu sei, o fio estava no chão. Eu entendo que o engenheiro chefe da manutenção da área de Igarassu deve ser responsabilizado criminalmente pelos três homicídios: do rapaz, da moça e do nativivo, que infelizmente não conseguiu nem chegar a nascer. Não teve o direito de nascer por culpa da Neoenergia”, afirma Cavalcanti.
Homem e companheira grávida morrem após fio de energia atingir moto; filha dela de 9 anos também estava no veículo e sobreviveu
O superintendente operacional de Neoenergia, Leonardo Moura, no entanto, atribuiu o problema às ligações clandestinas que haveria na área onde o casal morreu.
“Identificamos 15 ligações clandestinas na localidade. Conseguimos retirar com apoio da Polícia Militar. A informação inicial que temos é que o fio condutor foi partido por essas ligações e ficou por cima de alguns galhos. Na estrada de acesso foi que eles tiveram o contato com esse condutor. A ligação clandestina ela pode gerar um ponto quente, o aquecimento do condutor, levando ao rompimento, e até a curto circuitos, que também podem gerar esse rompimento”, afirma (veja vídeo abaixo).
Advogado das vítimas e representante da Neoenergia divergem sobre culpa do acidente
Ainda na tarde do sábado (17), os peritos já haviam concluído os levantamentos e análise da situação. De acordo com a defesa da família, o inquérito policial deve começar as ouvidas na segunda-feira (18).
A família vai entrar com um pedido de compensação civil indenizatória. “Ficou uma criança que vai ser criada pelos avós, que não têm condições de criá-la”, afirma o advogado. “O quartinho [estava] pronto para receber a criancinha, que ia ganhar o nome do pai, Felipe, e que não conseguiu vir ao mundo”.
Quarto do bebê já estava pronto para o nascimento, que aconteceria em pouco mais de um mês
Reprodução/TV Globo
Maysa morava em Candeias, Jaboatão dos Guararapes, também no Grande Recife, com os pais e a filha, Maria Luiza.
O casal estava junto há cerca de oito anos. Felipe morava num sítio perto do local do acidente. Maysa costumava ir para lá ficar com ele nos finais de semana e levava Maria Luiza junto. Na madrugada do sábado eles se juntariam outra vez para passar o final de semana.
A corretora de imóveis Josefa Maria dos Santos é tia de Maysa e contou que motoristas de aplicativo não vão até o sítio. “O Uber só chega até a BR e, de lá, ela pegava uma moto, ou mototáxi, alguma coisa que entrasse”.
Na madrugada do sábado, Felipe foi buscar as duas neste ponto, momentos antes da tragédia, para levá-las até o sítio. O bebê do casal nasceria em pouco mais de um mês. O quarto estava todo preparado com móveis, decoração e muitas fraldas descartáveis para receber a criança, que receberia o nome do pai: Felipe.
“[A moto] foi enroscada com um fio da Neoenergia de um poste. O perito falou para mim que a menina não morreu por um milagre”, afirma Josefa. “Eu quero justiça”.
De acordo com a Polícia Civil, investigações já foram iniciadas e seguirão até o esclarecimento do ocorrido.
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