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Áudios e vídeos exclusivos mostram como agiam quadrilhas especializadas em tráfico de animais silvestres no Brasil


Diversas espécies, muitas ameaçadas de extinção, eram anunciadas nas redes sociais e em grupos de aplicativos de mensagens com quase vinte mil integrantes. Áudios e vídeos exclusivos mostram como agiam quadrilhas especializadas em tráfico de animais silvestres no Brasil
Reprodução/TV Globo
No domingo passado, o Fantástico mostrou como o tráfico internacional de animais vem crescendo no Brasil.
Neste domingo (17), novos áudios e vídeos obtidos com exclusividade pelo programa revelaram como agiam duas quadrilhas especializadas em tráfico de animais silvestres no país. Veja no vídeo acima.
Diversas espécies, muitas ameaçadas de extinção, eram anunciadas nas redes sociais e em grupos de aplicativos de mensagens com quase 20 mil integrantes.
Anúncios em redes sociais e grupos de mensagens
Uma das gravações, mostra um caminhoneiro transportando uma jiboia. O homem, segundo a Polícia Civil do Paraná, é integrante de uma organização criminosa de tráfico de animais (saiba mais abaixo).
“Olha o presentinho que está andando com eu(risos). Você está doido bicho!”, diz o caminhoneiro.
Áudios e vídeos exclusivos mostram como agiam quadrilhas especializadas em tráfico de animais silvestres no Brasil
Reprodução/TV Globo
Já um outro registro mostra Fábio Medina alimentando araras azuis. Segundo a polícia, ele vendia animais silvestres, alguns em risco de extinção. As redes sociais eram usadas como vitrines.
“Cadê os bebezinhos do Medina”, afirma Medina em um vídeo em que ele aparece alimentando duas araras.
As araras foram recuperadas e Fábio Medina foi preso em janeiro. O Fantástico tentou contato com a defesa dele, mas não obteve retorno.
Áudios e vídeos exclusivos mostram como agiam quadrilhas especializadas em tráfico de animais silvestres no Brasil
Reprodução/TV Globo
O celular do traficante foi aprendido pela polícia. Vídeos e mensagens encontradas revelaram a existência de uma grande rede de tráfico de animais que agia em todo o país. A polícia identificou 27 grupos em aplicativos de mensagens, com aproximadamente 20 mil integrantes.
“Nós tem que começar a trazer todos esses bichos exóticos aí para nós sermos referência aqui dessa máfia dos bichos exóticos”, diz um traficante em um dos áudios.
“Num único dia, nos três principais grupos de tráfico de animais, mais de 60 mil mensagens eram enviadas e trocadas, comercializando animais silvestres e exóticos”, relata o Delegado – Guilherme Dias – Delegado-Chefe da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente / Paraná.
Áudios e vídeos exclusivos mostram como agiam quadrilhas especializadas em tráfico de animais silvestres no Brasil
Reprodução/TV Globo
Maus-tratos revelados
Os animais eram despachados sem nenhum cuidado por carros de aplicativo e pelos Correios. A maioria dos não chega viva ao destino.
“Muitos animais não aguentam o transporte, não aguentam por serem muito jovens, pelas condições de transporte eles acabam não aguentando”, destaca Danielly Cristina Savi – Veterinária – ONG Grupo Força Animal Muitos.
As mortes também acontecem nos cativeiros.
“Esqueci no sol, e quando eu fui lá ver, já era meio-dia e meio. Matei 4 cobra filhote e matei 6 iguana”, revela um outro traficante em um áudio.
Áudios e vídeos exclusivos mostram como agiam quadrilhas especializadas em tráfico de animais silvestres no Brasil
Reprodução/TV Globo
Prisão do caminhoneiro
Segundo as investigações, Rodrigo Fernando Rocha, era um dos traficantes mais ativos nos grupos de mensagens. O caminhoneiro saía do Paraná, com cargas regulares. Frutas, verduras e legumes que entregava em vários estados.
Na volta, para aproveitar o frete, levava os animais, a maioria macacos – que viajavam escondidos aqui na cabine.
“Os preguinhos quando eu trago é sempre novinho, na mamadeira”, dizRodrigo em um áudio.
A defesa de Rodrigo Fernando Rocha afirma que ele é inocente e que isso ficará comprovado durante as investigações.
Áudios e vídeos exclusivos mostram como agiam quadrilhas especializadas em tráfico de animais silvestres no Brasil
Reprodução/TV Globo
Operação no Paraná
Na operação do Paraná, quase 400 animais foram apreendidos. 11 suspeitos foram presos por tráfico, maus-tratos e associação criminosa.
Parte dos animais apreendidos foi para um criadouro conservacionista, na região de Curitiba, onde vão ser cuidados, tratados, até que os técnicos decidam quais deles vão poder voltar para a natureza.
“Os animais silvestres não são pets, são animais protegidos pela legislação, que devem estar na natureza e permanecer na natureza”, ressalta, Clóvis Borges, Diretor-Executivo da SPVS – Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental de Curitiba – SPVS.
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