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Anderson Torres nega “reuniões do golpe” com ex-comandantes e quer acareação

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres nega que tenha participado das reuniões no Palácio do Alvorada com ex-comandantes das Forças Armadas e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para discutir medidas jurídicas para uma tentativa de golpe de Estado.

Torres está disposto até mesmo a fazer uma acareação com os ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Alberto Baptista Júnior, para confrontar a versão de que atuou como suporte jurídico para a elaboração de uma minuta golpista.

A defesa de Torres apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na segunda-feira (18), um pedido para que o ex-ministro da Justiça preste novo depoimento à Polícia Federal.

O requerimento ainda solicita que Freire Gomes e Baptista Júnior sejam ouvidos novamente em uma mesma data e horário para evitar a combinação de versões.

No pedido à Corte, obtido pela CNN, a defesa alega que os depoimentos são necessários para esclarecer as falas dos ex-comandantes à PF que apontaram Torres como responsável por dar “subsídios jurídicos” à trama golpista em reuniões com Bolsonaro.

Relatos dos ex-comandantes

Os relatos de Freire Gomes e de Baptista Júnior foram tornados públicos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, na última sexta-feira (15).

Os dois falaram na condição de testemunhas, portanto com o compromisso de dizer a verdade.

A defesa de Anderson Torres ainda pede ao STF que, caso as contradições não sejam esclarecidas, seja feita uma acareação entre Torres e os dois ex-comandantes.

O requerimento solicita o acesso ao relatório integral de acesso e saída dos palácios da Alvorada e do Planalto entre os dias 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022.

Além disso, pede que a investigação levante os dados de geolocalização dos telefones de Torres, Bolsonaro, Freire Gomes e Baptista Júnior.

Versão de Anderson Torres

A interlocutores, Torres tem dito que se encontrou apenas uma vez com os ex-comandantes no Palácio do Alvorada. Na ocasião, ele teria somente cumprimentado os militares, que estavam chegando para se encontrar com Bolsonaro.

Além disso, costuma argumentar que o ex-presidente tinha o costume de separar as reuniões entre auxiliares miliitares e civis.

No requerimento ao STF, a defesa do ex-ministro da Justiça confronta a versão das reuniões dada pelos ex-comandantes e questiona o número real de reuniões realizadas no Alvorada.

Ainda pede para que sejam esclarecidos o contexto e a dinâmica das reuniões, bem como que se confirme de Bolsonaro de fato estava presente nos encontros.

Baptista Júnior confirmou à PF que Torres chegou a participar de uma reunião no Palácio do Alvorada e “procurava pontuar aspectos jurídicos que dariam suporte às medidas de exceção (GLO e Estado de Defesa)”.

Ainda segundo o depoimento do ex-comandante da FAB o papel de Anderson Torres foi de “assessorar o então presidente Jair Bolsonaro em relação às medidas jurídicas que o Poder Executivo poderia adotar no cenário discutido.”

Por sua vez, o ex-comandante do Exército disse que Torres participou de “algumas reuniões” e o ex-ministro da Justiça atuava “explanando o suporte jurídico para as medidas que poderiam ser adotadas.”

Procuradas, as defesas de Anderson Torres e do general Freire Gomes disseram que só se manifestarão nos autos do processo. O tenente-brigadeiro do ar Carlos Baptista Junior também não quis se posicionar.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Anderson Torres nega “reuniões do golpe” com ex-comandantes e quer acareação no site CNN Brasil.

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