Foram coletadas amostras de sete rios da região. Estudo retrata a qualidade da agua nas bacias hidrográficas da Mata Atlântica. Trecho do rio Tietê, que passa por Salto (SP)
Thiago Ariosi/TV TEM
Apenas 20% da água dos rios da região de Sorocaba (SP), Jundiaí e Itapetininga são boas. As informações são do relatório Observando os Rios 2024, elaborado e divulgado nesta quinta-feira (21) pela Fundação SOS Mata Atlântica (Sosma), que tem sede em Itu (SP).
O estudo retrata a qualidade da agua nas bacias hidrográficas da Mata Atlântica. Conforme as análises do projeto Observando Rios, na edição 2024, dos 14 pontos coletados, apenas três foram considerados boas. Os dados foram divulgados em função do Dia Mundial da Água, comemorado nesta sexta-feira (22).
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De acordo com a Sosma, foram realizadas 1.101 análises em 174 pontos de coleta, de 129 rios e corpos d’água, em 80 municípios de 16 estados da Mata Atlântica. Ao menos 130 grupos voluntários participam da ação, sendo 13 da região.
Para a pesquisa, foram coletadas amostras de sete rios da região. Eles são os seguintes:
Rio Tietê;
Ribeirão Cabreúva;
Córrego Caiacatinga;
Rio Jundiaí;
Rio Piraí;
Rio Sorocaba;
Rio Piragibú-Mirim.
Conforme o resultado do estudo, em três coletas elas foram consideradas boas. Elas estão localizadas no Córrego Caiacatinga (Itu) e nos rios Piraí (Salto) e Jundiaí (em Salto). Na mesma proporção, foram encontradas três pontos de águas ruins. Duas delas estão no Rio Tietê (Porto Feliz e Cabreúva) e uma delas está no Rio Jundiaí (Jundiaí).
Outras oito amostras foram consideradas regulares. Elas foram coletadas no Ribeirão Cabreúva e nos rios Rio Piragibú-Mirim, Tietê, Jundiaí e Sorocaba, em sete cidades diferentes.
O número de amostras em 2023 aumentou com relação a 2022. Os pontos de coleta aumentaram de seis para 14. O número de cidades participantes também aumentou, com a inclusão de Itu, Jundiaí, Laranjal Paulista e Porto Feliz.
Índice de Qualidade da Água
Os parâmetros do Índice de Qualidade da Água (IQA), de acordo com a Sosma, foram escolhidos por especialistas e técnicos para avaliação das águas doces brutas destinadas ao abastecimento público e aos chamados usos múltiplos. Assim, o trabalho está em uma escala que varia entre:
Ótima: acima de 40,1;
Boa: entre 35,1 e 40;
Regular: entre 26,1 e 35;
Ruim: entre 20,1 e 26;
Péssima: abaixo de 20.
O índice é usado no Brasil desde 1974 por instituição como a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O IQA brasileiro é uma adaptação do índice desenvolvido pela National Sanitation Foundation, dos Estados Unidos. Ele é obtido por meio da soma de parâmetros físicos, químicos e biológicos encontrados nas amostras de água.
Metodologia
Para definir se a água é péssima, ruim, regular, boa ou ótima, os pesquidores avaliaram indicadores físicos, químicos e biológicos. São os seguintes:
Temperatura da água;
Temperatura do ambiente,
Turbidez;
Espumas;
Lixo flutuante;
Odor;
Material sedimentável;
Peixes;
Larvas e vermes vermelhos;
Larvas e vermes escuros e transparentes;
Coliformes totais e fecais (termotolerantes);
Oxigênio dissolvido (OD);
Demanda bioquímica de oxigênio (DBO);
Potencial hidrogeniônico (pH);
Fosfato (PO4 ) e
Nitrato (NO3 ).
Desmatamento e área remanescente
O bioma Mata Atlântica abrange uma área equivalente a 1.315.460 km², onde vive aproximadamente, 70% da população do Brasil, ao longo de 17 estados do Brasil. No estudo, a Sosma lembra que os números do novo boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, abrangendo os oito primeiros meses de 2023, reforçaram a tendência de redução significativa no desflorestamento do bioma já observada desde o início do ano.
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