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‘Foi preciso que mais de meia década se passasse’, diz sobrevivente do atentado contra Marielle sobre prisões de supostos mandantes


Fernanda Chaves, que era assessora de Marielle Franco em 2018, disse que ainda sofre com impactos do atentado. Irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes, foram presos. Fernanda Chaves, assessora de Marielle Franco em 2018
Reprodução/TV Globo
A assessora Fernanda Chaves, que sobreviveu ao atentado contra a vereadora Marielle Franco em 2018, criticou neste domingo (24) o tempo que as investigações demoraram para que o episódio tivesse uma resposta sobre os possíveis mandantes do crime. (Veja a íntegra manifestação no fim da reportagem)
“Foi preciso que mais de meia década se passasse, foi preciso que um novo presidente da República assumisse para que esse caso recebesse o devido tratamento que merece: o de maior relevância da história política do Brasil desde a redemocratização. Foi preciso que uma Força Tarefa Federal assumisse a frente das investigações para que avançássemos nas investigações e, mais, descortinássemos a bizarra situação do Rio de Janeiro”, afirmou Fernanda Chaves, que era assessora de Marielle Franco em 2018.
Uma operação da Polícia Federal prendeu na manhã deste domingo (24) os irmãos Domingos Brazão e Chiquinho Brazão – apontados como mandantes do atentado contra Marielle Franco. O delegado Rivaldo Barbosa também foi preso, suspeito de atrapalhar as investigações.
Em um comunicado, Fernanda Chaves disse que ainda sofre com os impactos do atentado, do qual sobreviveu.
“São seis anos e dez dias desde que o país foi atravessado pelo mais grave atentado político desse século. Como única sobrevivente desse evento que mobilizou o mundo, eu e minha família, em particular, seguimos cotidianamente sofrendo os impactos, ainda que tanto tempo depois. Foram muitas promessas e pouco resultado”, afirmou a sobrevivente.
Fernanda Chaves encerrou sua manifestação dizendo que segue na luta pela “devida responsabilização dos envolvidos nesse assassinato”.
A Operação Murder, Inc. foi deflagrada na manhã deste domingo (24) pela Procuradoria-Geral da República (PGR), pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Federal (PF). O caso era investigado pela PF desde fevereiro do ano passado.
Veja íntegra da nota:
“Recebi com muita atenção a informação da Polícia Federal sobre as diligências realizadas nesta manhã a respeito do atentado que resultou no assassinato de Marielle e Anderson.
São seis anos e dez dias desde que o país foi atravessado pelo mais grave atentado político desse século. Como única sobrevivente desse evento que mobilizou o mundo, eu e minha família, em particular, seguimos cotidianamente sofrendo os impactos, ainda que tanto tempo depois. Foram muitas promessas e pouco resultado.
O Estado do Rio de Janeiro falhou miseravelmente quando permitiu que uma autoridade de seu principal e mais cosmopolita município fosse brutalmente assassinada, metralhada, em pleno Centro da Cidade, a poucos metros da sede da prefeitura, sob câmeras de trânsito, ao voltar de um dia comum de trabalho.
Foi preciso que mais de meia década se passasse, foi preciso que um novo presidente da República assumisse para que esse caso recebesse o devido tratamento que merece: o de maior relevância da história política do Brasil desde a redemocratização. Foi preciso que uma Força Tarefa Federal assumisse a frente das investigações para que avançássemos nas investigações e, mais, descortinássemos a bizarra situação do Rio de Janeiro, absolutamente carcomido na sua institucionalidade pela atuação de organizações criminosas.
Revolta talvez seja a palavra que mais proximamente possa resumir o sentimento do dia de hoje. Marielle Franco não merecia. O Rio de Janeiro não merecia. O Brasil e o mundo não mereciam. Marielle Franco apenas cumpria (sim, com todo afinco, firmeza e dedicação que lhes eram característicos) a missão pela qual batalhou: defender, lutar pelos direitos daqueles e daquelas que fazem uma cidade acontecer: os trabalhadores. Pelos direitos das mulheres, negros e periféricos. Ela foi arrancada do convívio de sua família, amigos, carreira por fazer apenas o que lhe era devido.
Neste dia de hoje me solidarizo com sua família: Monica, dona Marinete, Luyara, seu Toinho e Anielle. Me solidarizo também com os amigos e colegas de trabalho de Marielle, além da família e de todos os entes queridos de Anderson Gomes. E agradeço à Força Tarefa da Polícia Federal, por todo o cuidado durante o processo; ao Ministério da Justiça por reconhecer a magnitude deste caso e tomá-lo como prioridade desde o primeiro dia do governo Lula.
Seguimos, agora, na luta pela devida responsabilização dos envolvidos nesse assassinato, mas também na luta para que o Estado do Rio de Janeiro supere o caos a que está submetido, que impacta sobretudo a população mais pobre, subjugada pela atuação de grupos criminosos que dominam quase a totalidade do território fluminense.”
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#sosriograndedosul
Essa é uma oportunidade simples, segura, efetiva (e afetiva) de estender a mão e oferecer ajuda a pessoas que estão passando por dificuldades inimagináveis no Rio Grande do Sul, após as chuvas que castigaram o Estado.
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