Um jovem, de 25 anos, quase morreu pelo uso de cigarro eletrônico diariamente e agora alerta para que outras pessoas abandonem o vício que quase o levou a um colapso pulmonar.
Morador de Las Vegas, em Nevada, Joseph Lawrence contou em um perfil nas redes sociais que fumava o cigarro todos os dias e foi levado às pressas para o hospital com risco pulmonar.
“Se você vaporiza, por favor, considere desistir”, implora Lawrence.
O jovem relembrou ainda que teve “um buraco no pulmão” e foi hospitalizado por “não conseguir respirar”, mas que no momento está bem e que o problema não o afetou totalmente.
“Por favor, cuidem-se e pensem em desistir, não vale a pena”, finaliza.
Cigarro que quase matou jovem ‘gringo’ é moda no Brasil
No Brasil, o cigarro eletrônico virou uma febre, especialmente entre o público mais jovem. Apesar dos aromas mais agradáveis e da aparência inofensiva, especialistas alertam para os perigos por trás da tecnologia.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a maioria dos cigarros eletrônicos é capaz de liberar mais de 80 substâncias diferentes no vapor emitido durante o uso.
O MS (Ministério da Saúde) diz que esse tipo de item é considerado como DEF (Dispositivo Eletrônico para Fumar), caracterizado pelo seu funcionamento à base de uma bateria que aquece uma solução líquida.
A solução produz um aerossol, inalado pelo usuário, e que é composta basicamente por aditivos de sabor, nicotina e propilinoglicol ou glicerol.
Além disso, os médicos apontam que os cigarros eletrônicos também possuem componentes cancerígenos e até com potencial explosivo e materiais pesados.
EVALI: a doença do cigarro eletrônico
A EVALI – nome em inglês dado à doença causada pelo uso de cigarro eletrônico – é um problema que assusta autoridades de saúde no mundo e também começa a preocupar o cenário no Brasil.
Uma pesquisa do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) feito em 2020, apontou que, dos quase 3 mil pacientes internados com EVALI, 68 deles morreram, boa parte jovens adultos e até adolescentes. No Brasil, especialistas acreditam que ainda há uma subnotificação dos casos.
O MS possui iniciativas específicas para reduzir o crescimento do número de fumantes e ajudar pacientes que buscam parar com a prática. O PNCT (Programa Nacional de Controle do Tabagismo) do SUS (Sistema Único de Saúde) oferece tratamento integral e gratuito ao público que busca apoio médico.