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Hospital ‘não encontrou irregularidades’ em operações de médico suspeito de causar lesões em pacientes no RS


Leandro Fuchs, cirurgião plástico em Porto Alegre, responde a 75 inquéritos por lesões corporais graves em mulheres e homens, além de 20 processos judiciais. Ele está afastado do hospital e Justiça suspendeu o seu direito de exercer a medicina. Cirurgião plástico Leandro Fuchs, em foto no seu perfil no Instagram
Redes sociais/Reprodução
O Hospital Ernesto Dornelles, em Porto Alegre, disse que não foram encontradas “irregularidades ou anormalidades na área de cirurgia plástica” dentro de uma investigação aberta em janeiro deste ano para apurar a conduta de um médico suspeito de causar lesões em pacientes durante operações. Leandro Fuchs, cirurgião plástico que atuava no local, responde a 75 inquéritos policiais por lesões corporais graves em mulheres e homens, além de mais de 20 processos judiciais.
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Oito mulheres ouvidas pelo g1 contaram terem feito procedimentos com o profissional entre 2020 e 2023: são histórias de procedimentos sendo realizados por médicos residentes, falta de atenção e acolhimento durante a recuperação depois da cirurgia, sangramentos, infecções, mutilações e deformações (leia os relatos).
Em nota, o hospital disse que “a Comissão apurou que os protocolos de segurança do paciente foram seguidos em todos os procedimentos cirúrgicos realizados na instituição. O médico em questão registrou sua presença na instituição nos dias dos procedimentos, bem como assinou a Nota de Sala, um documento preenchido e assinado pelo médico responsável pelas cirurgias. Além disso, todos os protocolos de cirurgia segura foram executados, incluindo a aplicação de um checklist com toda a equipe presente antes de iniciar o procedimento cirúrgico” (leia a nota, na íntegra, abaixo).
Fuchs está afastado do hospital desde janeiro deste ano. Em fevereiro, a Justiça suspendeu o seu direito a exercer a medicina. Ele também foi proibido de sair de Porto Alegre e teve o passaporte apreendido, além de ter sido determinado que ele não pode contatar ou se aproximar das supostas vítimas.
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Leandro Fuchs, cirurgião plástico em Porto Alegre, em foto em seu perfil nas redes sociais
Redes sociais/Reprodução
Investigação policial
De acordo como delegado Ajaribe Rocha Pinto, titular da 10ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre (10ª DP) e responsável pela investigação, o caso mais antigo em investigação teria acontecido em 2019. O mais recente, 2023.
“Há suspeita de lesões corporais graves, negligência e imperícia. Setenta e cinco inquéritos já foram instaurados. As vítimas foram encaminhadas para exames complementares que estão pendentes junto ao Instituto-Geral de Perícias. Aguardamos os laudos para dar encaminhamento à investigação”, conta o delegado.
Segundo o IGP, “várias mulheres” já foram ao Instituto Médico Legal (IML) “para realização de exame de corpo de delito”. Alguns laudos estão para serem encaminhados à Polícia Civil e outros estão em elaboração.
“A função do perito, nestes casos, é de registrar os achados do exame clínico e analisar eventuais documentos médicos apresentados. Resultados estéticos ruins dependem de muitos fatores difíceis de avaliar, cabendo a manifestação do Conselho de Medicina (quanto à parte técnica) e da avaliação do Judiciário (que pode entender como passível de gerar indenização)”, explicou o IGP.
Nota do hospital
“Diante do referido caso, uma Comissão Interna foi instaurada para analisar os fatos, assim que o Hospital Ernesto Dornelles teve ciência das ocorrências, através das notícias veiculadas na imprensa, seguindo os protocolos exigidos e respeitando os processos legais.
Importante ressaltar que até o momento da primeira divulgação do caso na imprensa, não havia nenhum registro de reclamação junto aos canais oficiais de atendimento nos últimos três anos.
A Comissão apurou que os protocolos de segurança do paciente foram seguidos em todos os procedimentos cirúrgicos realizados na instituição. O médico em questão registrou sua presença na instituição nos dias dos procedimentos, bem como assinou a Nota de Sala, um documento preenchido e assinado pelo médico responsável pelas cirurgias. Além disso, todos os protocolos de cirurgia segura foram executados, incluindo a aplicação de um checklist com toda a equipe presente antes de iniciar o procedimento cirúrgico.
O relatório final da avaliação não encontrou irregularidades ou anormalidades na área de cirurgia plástica dentro do Hospital Ernesto Dornelles. A instituição mantém um compromisso inabalável com o bem-estar e a segurança de seus pacientes. É importante ressaltar que a instituição não tem domínio sobre atendimentos realizados em consultórios particulares, sendo responsabilidade exclusiva de cada profissional. Portanto, a instituição não possui gerência dos desfechos posteriores em consultórios privados, sem retorno ao hospital”.
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