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Mudança cultural reduz nascimentos na Bahia

O número de nascimentos na Bahia em 2022 é o menor dos últimos 26 anos, de acordo com informações divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E a explicação para esse fenômeno passa por uma mudança cultural na vida das mulheres e pelas dificuldades – de variadas esferas – de se criar uma criança.Em todo o território baiano, nasceram e foram registradas 173.686 pessoas em 2022. Em comparação com 2021, houve uma queda de 5,8% no número de registros na Bahia – também a taxa de recuo mais intensa em 26 anos. Isso representou menos 10.744 nascimentos em um ano.“Isso tem muito a ver com a mudança cultural, com a postergação da maternidade por muitas mulheres, com a abdicação da maternidade também por algumas, com as mudanças nos padrões culturais de planejamento familiar e as mulheres muito mais presentes no mercado de trabalho”, explica a supervisora de disseminação de informações do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros.O exemplo dado por Mariana é que mulheres que antes poderiam ter dois ou três filhos, acabam tendo um, ou nenhum. Há também uma maior consciência da dificuldade que é educar e manter uma criança.Ao menos é o que pensa a estudante de odontologia, Eduarda Fidelis, 24 anos, que é mãe do pequeno Arthur, 1 ano e 2 meses. Ela conta que o pai da criança e sua família são forte rede de apoio, mas que ainda assim é difícil.“É muito difícil ser mãe, não é fácil, exige muito, muita dedicação, muita paciência. Ainda mais nessa idade, quando a gente é mais jovem, que geralmente tá começando a vida e ter um filho é um desafio grande. Sinto que as pessoas da minha geração estão preferindo esperar um pouco”.A queda no número de registros não é uma exclusividade da Bahia. Entre 2021 e 2022, houve diminuição no total de nascimentos no Brasil como um todo e em 25 das 27 unidades da Federação. Foram registrados no país 2.542.298 nascimentos em 2022, 93.556 a menos do que no ano anterior (-3,5%).RealidadeEsses números não são uma surpresa, como explica a supervisora de Disseminação de Informações do IBGE. “É algo que já vem acontecendo no Brasil, em alguns estados há mais tempo. Na Bahia, a partir de 2010, então, o ritmo vem mais forte em termos de redução. Claro que a gente continua tendo nascimentos, mas menos do que tinha no ano anterior”.Outros dados importantes apresentados pelo IBGE com relação ao ano de 2022 são relativos ao número de mortes, divórcios e casamentos no estado.Foram registradas 102.585 mortes na Bahia em 2022, 6,9% a menos do que em 2021, o que representou menos 7.560 óbitos ao longo de um ano.Além disso, foram registrados 23.712 divórcios judiciais ou por escrituras em 2022, número 23,2% superior ao de 2021 (19.244), que havia sido 21,3% maior do que em 2020 (15.864). O aumento, entre 2021 e 2022, representou mais 4.468 divórcios realizados em um ano na Bahia.Após um registro de crescimento recorde em 2021, o número de casamentos civis voltou a cair na Bahia. Em 2022, foram realizados 60.534 casamentos civis (formais), 0,9% a menos do que em 2021 (quando haviam ocorrido 61.097), o que representou menos 563 uniões em um ano.Essas informações foram elaboradas pelo IBGE a partir dos dados dos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais (nascimentos, casamentos e mortes) e das Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis ou Tabelionatos de Notas (divórcios).
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