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“Godzilla e Kong: O Novo Império” serve porradaria e repete erros

É difícil não comparar “Godzilla e Kong: O Novo Império”, quinto filme do MonsterVerse – o universo compartilhado de monstros da Warner e Legendary – com outras produções que têm os famosos kaiju como principal atrativo. A comparação se torna ainda mais inevitável porque o lançamento acontece meses após o magnífico “Godzilla Minus One” estrear e fazer história no Oscar. No entanto, ela é injusta.>>> “Godzilla e Kong”: O que assistir antes do novo filme do MonsterVerseIsso porque são filmes com propostas diferentes, apesar de possuírem o mesmo personagem-título. Enquanto o longa da Toho usa o Rei dos Monstros para abordar traumas que são periodicamente realimentados no Japão, “Godzilla e Kong: O Novo Império” foge do drama e se mostra muito mais interessado em criar embates épicos e extrapolar os poucos limites que o espectador acredita existir dentro daquele universo.A história se passa alguns anos após os eventos de “Godzilla vs Kong”, de 2021, quando um grupo composto pela jovem Jia (Kaylee Hottle), a cientista Ilene Andrews (Rebecca Hall), o teórico da conspiração, Bernie (Brian Tyree Henry) e o excêntrico veterinário Trapper (Dan Stevens) vai à Terra Oca para investigar um pedido de socorro. Lá, eles descobrem uma ameaça que pode comprometer a sobrevivência da humanidade. Diante disso, os titãs mais famosos da cultura pop precisam se unir para impedir um ataque à superfície.Assim como alguns dos seus antecessores, “Godzilla e Kong: O Novo Império” é afetado por um roteiro fraco. O texto de Terry Rossio, Simon Barrett e Jeremy Slater usa seus personagens humanos apenas para proferir falas expositivas a todo momento e explicar coisas que poderiam ser colocadas na história de maneiras mais interessantes. Rebecca Hall e Tyree Henry são os mais prejudicados com isso. Praticamente todas as falas deles servem a esse propósito. Já Dan Stevens, apesar do carisma, não tem muito o que fazer.Um exemplo que vai no sentido contrário, felizmente, é Jia, que tem um arco interessante envolvendo a sua origem e que é importante para a trama, mesmo não sendo aprofundado como deveria. Além disso, a relação dela com os kaiju se expande para além do Kong – o que rende cenas bonitas. É inegável que a personagem se tornou umas das mais relevantes para a franquia – mas não é algo jogado, esse protagonismo da jovem tem sido ensaiado desde o quarto filme, só houve a consolidação.“Godzilla e Kong: O Novo Império” apresenta o Skar King como vilão. Em uma entrevista para a TotalFilm, o diretor Adam Wingard chegou a afirmar que o titã representa “uma versão aumentada das piores partes da humanidade” e uma ameaça como jamais vista antes no MonsterVerse. O “macacão vermelho” realmente tem uma imponência e a sua primeira aparição no filme é intimidadora. A motivação dele, no entanto, é uma das mais clichês possíveis.Mas, como supracitado, o foco do novo capítulo do MonsterVerse é mesmo a ação selvagem dos kaiju. E isso o diretor Adam Wingard – que também comandou o longa que colocou os monstros que dão nome ao filme frente a frente pela primeira vez – entrega e eleva a escala das lutas a outro nível. Um dos pontos altos é que pela primeira vez na franquia, o Kong enfrenta outros da sua espécie (o trailer mostra isso) em um embate à la “Planeta dos Macacos”, de Matt Reeves. Os golpes têm impacto e o senso de perigo se faz presente durante toda a sequência.

Kong enfrenta outros da sua espécie em “Godzilla e Kong: O Novo Império”

|  Foto: Divulgação

É na batalha final, contudo, que tudo é exponenciado com a tela sendo preenchida com os titãs se enfrentando de maneiras nunca vistas antes. A colaboração entre Kong e o Godzilla rende um dos momentos memoráveis do longa – o qual fica ainda mais marcante com o bom uso da câmera lenta. Além disso, as cenas são bem iluminadas e coloridas, o que deixa cada detalhe dos movimentos mais visível – nada de luta na neblina ou durante a noite, como se vinha temendo na web.“Godzilla e Kong: O Novo Império” repete alguns erros de outros filmes da franquia. O núcleo humano é fraco, com personagens descartáveis, os diálogos são expositivos e o roteiro tem problemas. Também não há uma trilha sonora memorável. Mas o filme consegue fazer bem aquilo que é o seu principal chamariz: a porradaria entre os monstros. Em suma, é um bom entretenimento para quem busca sentar na cadeira do cinema e ver criaturas gigantes se digladiando.Assista ao trailer:

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