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Três a cada quatro empresas abertas no Brasil é de microempreendedores, aponta FGV


Segundo levantamento, 7 em cada 10 microempreendedores tiveram carteira assinada anteriormente e quase 80% foram demitidos. Pesquisadores concluíram que grande parcela dos trabalhadores migrou para o MEI por necessidade e não para empreender. Três a cada quatro empresas abertas no Brasil é de microempreendedores, os famosos MEIs, aponta estudo FGV.
Reprodução/Jornal Nacional
Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostra que de cada quatro empresas abertas no Brasil, três são de microempreendedores.
Foi em 2013 que a Mariana Correa da Silva começou a vender balas de coco. O negócio deu certo e ela decidiu apostar na troca da carteira assinada pela vida de empreendedora.
“Eu pensei bem, estudei, estudo muito, invisto muito, é muita dedicação ser empreendedor, precisa ter muita organização com os impostos, com as contas. Ou seja, você é sua empresa”, conta a microempreendedora individual.
O número de abertura de empresas de microempreendedores individuais, como a Mariana, disparou no Brasil nos últimos 15 anos. E esse fenômeno foi o principal responsável pelo crescimento do número total de empresas abertas no país.
Em 2009, os MEIs representavam 8,4% dos novos negócios. Esse percentual cresceu rápido e, nos últimos cinco anos, chegou a 75% das empresas abertas. O MEI foi criado em 2008 com o objetivo de formalizar pequenos empreendedores. Na maioria dos casos, o faturamento anual deve ser de, no máximo, R$ 81 mil e só pode ter um empregado.
Proporção de MEIs nas empresas abertas no Brasil entre 2009 e 2023.
Reprodução/Jornal Nacional
Em 2023, existiam 11,7 milhões de MEIs ativos no país, mais da metade localizada no Sudeste e no Sul. A maior parte deles está em atividades de baixa remuneração, como cabeleireiro, manicure, pedicure e pedreiro.
A pesquisa da FGV mostra ainda que 7 em cada 10 microempreendedores tiveram carteira assinada anteriormente — e quase 80% foram demitidos desses empregos. Os pesquisadores concluíram que uma grande parcela dos trabalhadores migrou para o MEI por necessidade e não para empreender.
“Isso preocupa, porque esses MEIs têm um baixo potencial de crescer e de contratação. Uma das alternativas seria tentar continuar desburocratizando o ambiente de negócios, capacitando esses microempreendedores, abrindo os olhos para o fato de que empreender pode trazer ganhos e retornos para eles”, diz Janaina Feijó, economista e pesquisadora da FGV Ibre.
Depois de 11 anos de muito trabalho, a Mariana tem novos planos. Quer deixar de ser MEI para abrir uma microempresa.
“Trabalho cerca de 12 a 18 horas, é bem cansativo. É o nosso sonho, sendo microempresa, mas tudo precisa começar sendo MEI e tenho muito orgulho, sou empreendedora de coração”, diz Mariana.
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