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PF usa acelerador de partículas para analisar ouro suspeito de origem ilícita


As primeiras 57 amostras foram trazidas de Brasília para análise no Laboratório Sirius, em Campinas (SP). Os laudos saem em dois meses. O trabalho faz parte do programa Ouro Alvo da Polícia Federal, que combate o garimpo ilegal e o comércio clandestino. Uma tecnologia usada pela Polícia Federal é capaz de identificar se o ouro é extraído ilegalmente de reservas indígenas.
As primeiras 57 amostras foram trazidas de Brasília para análise no Laboratório Sirius, em Campinas, (SP). A maior parte, suspeita de ter origem ilícita.
“São materiais que a gente coleta em campo, como referência de um local como a Terra Indígena Yanomami. Locais também que tem questionamento sobre a legalidade ou não desse ouro, e são materiais que a gente vai analisar para trazer uma provável identificação de origem geográfica desse material”, afirma Erich Moreira Lima, perito criminal da Polícia Federal.
O material é preparado e vai para a estação experimental do acelerador de partículas – que é único nas Américas. No equipamento, recebe um poderoso feixe de luz, invisível a olho nu, que faz um raio-x de alta resolução capaz de revelar a estrutura interna do ouro e dar pistas sobre a origem.
Entenda tecnologia usada pela PF para identificar se ouro foi extraído ilegalmente de reservas indígenas
Peritos da PF e pesquisadores usam o Sirius, que funciona como um “raio X superpotente”, para desvendar a estrutura do ouro e encontrar elementos que indiquem de onde ele foi extraído
Pedro Santana/EPTV
“O que você vai ter são átomos de impurezas presentes no ouro. Então essas impurezas, se tiver chumbo dentro do ouro, se tiver bismuto dentro do ouro, elas é que vão poder ser usadas para fazer essa comparação”, esclarece Antônio José Roque, diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (Cnpem).
Cada análise dura 15 minutos e fornece na hora uma tomografia das amostras. A trabalho é resultado de uma parceria inédita entre a Policia Federal, o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais e quatro universidades.
As amostras analisadas em Campinas vão ser comparadas com as do Bampa, Banco Nacional Forense de Perfis Auríferos da Polícia Federal, uma base de dados criada pela PF em 2021 para rastrear a origem do ouro.
Os primeiros laudos saem em dois meses, apontando a origem do material, com base na estrutura geológica das moléculas.
O trabalho faz parte do programa Ouro Alvo da Polícia Federal, que combate o garimpo ilegal e o comércio clandestino. Além de ajudar na rastreabilidade, as análises no Laboratório Sirius vão aumentar o próprio banco de dados da PF para identificar inclusive ouro derretido e transformado em outros produtos.
“O objetivo maior, a utopia do programa Ouro Alvo é conseguir determinar se o ouro de uma mina pode ser rastreado até uma joia”, explica Fábio Salvador, perito da PF e geólogo da USP.
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