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Governo de MG diz que vai cobrar custo de reparo de elevadores a construtoras da Cidade Administrativa


Segundo o estado, problemas constatados nos equipamentos têm relação com falhas na construção do complexo, sede do governo de MG, inaugurado em março de 2010. Cidade Administrativa de Minas Gerais
Danilo Girundi/ TV Globo
O governo de Minas Gerais vai buscar, junto às empresas responsáveis pela construção da Cidade Administrativa, ressarcimento dos recursos que serão investidos na reparação dos elevadores.
Segundo o estado, os problemas constatados nos equipamentos têm relação com falhas na construção do complexo, sede do governo de MG, inaugurado em março de 2010. O valor necessário para os reparos é estimado em R$ 20 milhões.
O Executivo disse que vai instaurar um Processo Administrativo Punitivo (PAP) para apurar irregularidades nas obras, que já foram alvo de investigações.
Em 2020, o Ministério Público de Minas Gerais denunciou 16 pessoas, incluindo o ex-governador Aécio Neves (PSDB), pelos crimes de peculato, corrupção e lavagem de dinheiro na construção da Cidade Administrativa.
De acordo com o Ministério Público, as nove empresas que participaram das obras se uniram “para fraudar a licitação e repartir ilicitamente os contratos para a execução das obras” e que os valores foram superfaturados.
Inicialmente, a construção da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 900 milhões. O Tribunal de Contas do Estado afirma que o custo da obra passou de R$ 1,8 bilhão.
Problemas nos elevadores
Um laudo de engenharia apontou que os elevadores da sede do governo mineiro, em Belo Horizonte, precisam de obras de reforço e recuperação estrutural.
Em novembro de 2023, um servidor público, de 66 anos, morreu no local. De acordo com colegas de trabalho, ele passou mal após subir diversos lances de escada do Prédio Minas, que, na época, estava com os elevadores estragados havia cerca de uma semana – desde então, eles estão interditados.
O Prédio Minas tem 30 elevadores. A empresa Vistoriar Engenharia foi contratada para inspecionar 24 deles e identificou vários problemas, como riscos estruturais e possibilidades de colapso.
A vistoria também avaliou as condições dos 30 elevadores instalados no Prédio Gerais. Eles apresentaram anomalias semelhantes e, apesar de não haver colapso estrutural, foi recomendado o reforço nos pilares como “prevenção a ocorrências futuras”.
Elevadores da sede do governo de MG precisam de obras de reforço e recuperação estrutural, aponta laudo de engenharia
Segundo o governo de Minas, as intervenções necessárias para viabilizar o funcionamento seguro dos elevadores estão em processo de contratação. A expectativa é de que o reparo de 12 estruturas do Prédio Minas seja concluída até junho. O conserto das demais será finalizado de forma gradativa.
“As obras serão feitas nos pilares metálicos dos contrapesos dos elevadores, em razão da identificação, em laudo, de que não foram devidamente chumbados conforme o projeto. As intervenções nos prédios vêm para corrigir vícios construtivos na fixação dos pilares de sustentação dos elevadores”, explicou o Executivo.
Enquanto o uso dos elevadores sociais não é retomado, os servidores foram autorizados a realizar teletrabalho. Os elevadores privativos também foram disponibilizados para uso comum.
Acordos de leniência
Nos últimos anos, o governo de Minas firmou acordos de leniência com três empresas por fraudes em obras na Cidade Administrativa, no valor total de R$ 374 milhões.
O primeiro foi assinado em agosto de 2021, com a Andrade Gutierrez, devido a fraudes no período de 2004 a 2011. A empresa deverá pagar R$ 128,9 milhões ao estado até dezembro de 2030.
O segundo foi em novembro de 2022, com a construtora Coesa, ex-OAS, por fraudes cometidas entre 2008 e 2010. A empresa vai pagar R$ 42,7 milhões em 19 anos.
O terceiro foi assinado no mesmo mês, com a Novonor, antiga Odebrecht, por fraudes registradas entre 2004 e 2011. A OEC, construtora do grupo econômico, vai pagar R$ 202,4 milhões ao estado em 21 anos.
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