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Sargento preso em operação é investigado por uso de documentos falsos para compra de armas de fogo, diz decisão


Segundo investigação, ele e a esposa confeccionavam documentos falsos para pedir autorização para compra de armas de fogo para terceiros em 2016. PM também responde sindicâncias na corregedoria. Saiba como funcionava o esquema de venda ilegal de armas investigado em operação
O sargento da Polícia Militar (PM) Joemil Miranda da Cunha, preso nesta quarta-feira (3) suspeito de envolvimento em esquema de comércio ilegal de armas de fogo em Araguaína, já tinha sido indiciado outras três vezes pela Polícia Civil, segundo decisão que autorizou a operação. Nestes casos, ele e a esposa foram investigados por usar documentos falsos para solicitar autorização de compra de arma em nome de terceiros.
O militar e outras 13 pessoas foram alvos da operação Clandestinos, realizada nesta quarta-feira (3) pela Polícia Civil. Ele está preso no batalhão da PM em Araguaína.
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Conforme o portal da transparência, o PM é concursado desde 2006 e recebe R$ 10.667,73. Nas redes sociais, ele diz que é diretor de 18 clubes de tiros. A Polícia Militar informou que ele, “nos seus horários de folga, desenvolve atividades junto a empresas vinculadas à família, não sendo de conhecimento institucional seu vínculo como sócio-proprietário de nenhuma empresa”.
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O advogado de defesa do sargento, Paulo Roberto, disse que aguarda a conclusão dos trabalhos da polícia para emitir um posicionamento. O g1 e a TV Anhanguera também tentam contato com a esposa dele.
Segundo as investigações, o casal utilizava esses documentos supostamente falsificados para pedir, junto à Polícia Federal, autorização para a aquisição de arma de fogo para terceiros, na condição de despachantes de clube de tiro.
Outra situação destacada pelos investigadores foi o registro de um boletim de ocorrência, feito pelo sargento, noticiando o furto de uma carabina calibre 22. Para a polícia, o registro levantou suspeita por ter sido feito cerca de um ano depois do suposto furto.
Sargento da PM, Joemil Miranda da Cunha, diz ser diretor de 18 clubes de tiros
Reprodução/Redes Sociais
A TV Anhanguera também apurou que, em 2020, o militar passou a responder a duas sindicâncias na corregedoria da Polícia Militar por negociações ilegais. O g1 aguarda resposta da PM sobre o resultado dessas sindicâncias e quais as negociações eram investigadas.
A decisão que autorizou operação Clandestinos é assinada pelo juiz Antônio Dantas, de Araguaína.
Nela, o juiz diz que “é inegável a gravidade da conduta atribuída aos representados. Bem como a insegurança e temor gerados na sociedade com a manutenção do status de liberdade. Revela-se seguro dizer, portanto, que permitir que os representados continuem em liberdade significa necessariamente consentir que o mesmo concorra na prática de novos ilícitos penais”, justifica.
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A Polícia Civil cumpriu mandados de busca e apreensão em vários endereços, incluindo clubes de tiros. Segundo as investigações, o esquema envolvia atiradores esportivos, que vendiam suas armas em mercado paralelo e depois abriam boletim de ocorrência para registrar um falso furto ou roubo.
As investigações começaram em outubro de 2023, após um dos investigados registrar boletim de ocorrência pela internet sobre o furto de duas armas e munições. A Polícia Civil (PC) descobriu que não houve roubo e que a pessoa registrou o caso de forma falsa. Na realidade, as armas teriam sido vendidas no comércio ilegal.
Arsenal foi apreendido pela Polícia Civil
PC/Divulgação
Depois desse episódio, as equipes policiais conseguiram identificar mais registros de armas furtadas, que na verdade entraram no esquema de venda ilegal. O mesmo investigado também teria registrado outro boletim em 2022 por causa de uma arma roubada.
Ao investigar o celular do suspeito, a polícia descobriu que a arma supostamente roubada, na verdade, teria sido negociada por R$ 4 mil. Também foram identificados outros investigados que teriam feito negociações irregulares.
A polícia não informou qual era o papel do sargento no suposto esquema. Já a PM disse que foram adotadas medidas preliminares para apuração interna do caso. (Veja nota completa abaixo)
Dentre os 14 investigados também estão entre os investigados um empresário e um agente administrativo do sistema penal. A Secretaria de Cidadania e Justiça, responsável pelo sistema prisional, não se manifestou sobre o assunto.
Durante a operação houve ainda o cumprimento de mandados de busca e apreensão em vários endereços, incluindo clubes de tiros da cidade.
Veja nota completa da Polícia Militar
A Polícia Militar do Estado do Tocantins informa que foi acionada para acompanhar, durante a manhã desta quarta-feira, 3, por meio da Corregedoria do 2º BPM, as diligências da Operação Clandestino, realizada pela Polícia Civil. Um policial militar, de 36 anos, foi alvo de busca e apreensão. O objeto da ação envolve a comercialização de armas e munições por clubes de tiro e sócios.
A Polícia Militar já adotou as medidas preliminares para apuração interna e está acompanhando o caso. Por fim, reafirma à sociedade seu compromisso com a legalidade e imparcialidade, no exercício de sua nobre função pública.
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