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Alunos de colégios cívico-militares não poderão usar mais de 95 mil peças de uniformes por fabricação em tamanho errado


Apesar do problema, governo estadual assinou novos contratos com empresa fornecedora. Empresa faz uniformes para escolas públicas com tamanhos errados
Uniformes que deveriam ser entregues para alunos de colégios cívico-militares do Paraná não poderão ser usados porque foram fabricados no tamanho errado.
O caso foi denunciado pelo líder da Oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Requião Filho (PT). Segundo ele, 95 mil peças foram confeccionadas no tamanho errado. Elas ficaram paradas no estoque da Secretaria de Estado de Educação (Seed).
Conforme o parlamentar, a empresa Triunfo, que assinou dois contratos com o governo estadual, continua prestando serviço mesmo com o problema nos uniformes.
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Os contratos questionados foram assinados em 2021. No total, a empresa venceu a licitação de R$ 45 milhões para entregar 1 milhão de peças de uniformes.
Termo de ajustamento
Na tribuna da Assembleia, o parlamentar divulgou que o governo e a empresa assinaram, em fevereiro deste ano, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para que os uniformes fossem entregues.
No documento, a Triunfo se compromete a entregar 33 mil unidades em seis meses. Em troca, deixa de responder processo administrativo e pagar multa prevista em contrato.
Uma das negociações antes da assinatura do TAC foi gravada em vídeo. No início da reunião, o governo fala sobre as irregularidades dos uniformes.
Uniformes de colégio cívico-militar no Paraná
Reprodução/RPC
Nessa primeira negociação, a Triunfo se recusou a assinar o acordo. O representante alegou que a empresa não era responsável pelo erro nas peças.
Apesar das discordâncias, a Triunfo assinou o termo de ajustamento com o governo por descumprimento parcial do contrato.
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O representante afirmou, ainda durante a reunião, que a empresa estava sendo pressionada. Ele falou sobre um suposto telefonema feito pelo secretário estadual de Educação, Roni Miranda, sobre uma possível operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público.
Em entrevista à RPC, Miranda negou que tenha avisado ao representante da Triunfo sobre uma possível operação do Gaeco. O Ministério Público negou a realização de operação sobre o assunto.
Novos contratos
A mesma empresa que, segundo o governo, entregou uniformes sem condições de uso, assinou novos contratos com o poder público estadual.
A validade agora é de um ano para o mesmo serviço: fornecer as peças para as escolas cívico-militares no valor de R$ 40 milhões.
“Essa empresa ganhou a licitação em março de 2023, e, como a gente precisa entregar os uniformes, é por isso que a gente assina esse novo contrato. Infelizmente a legislação vigente permite isso”.
A RPC não teve retorno da empresa Triunfo.
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