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Prédio ‘blindado’, apps e bunker: brasileira que mora em Israel detalha rede de segurança a civis no ataque contra Irã


Natural de Indaiatuba (SP), no interior de São Paulo, Marta Mota da Silva vivencia de perto a tensão no Orienta Médio e relata confiança no governo e nas estratégias para garantir bem-estar da população em tempos de guerra. Relato de uma moradora de Indaiatuba sobre como é viver em Israel durante conflito com Irã
A Marta Mota da Silva está bem longe de casa: natural de Indaiatuba (SP), no interior de São Paulo, atualmente ela mora em Israel e vivencia de perto a tensão no Oriente Médio. Neste fim de semana, o Irã realizou um ataque sem precedentes ao território israelense.
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A moradora de Israel enviou um depoimento para a EPTV, afiliada da TV Globo no interior. Assista o relato completo no vídeo acima. Segundo Marta, apesar do conflito, ela confia no governo e nas estratégias para garantir o bem-estar da população em tempos de guerra, que incluem quartos blindados, aplicativos e bunkers.
“Dizer que a gente não tem receio, a gente tem. Mas a gente confia muito no Exército de Israel. Sobre a segurança do povo, aqui nós temos nos apartamentos um quarto blindado. No caso de um ataque, nós temos dois aplicativos no celular que mostram que você vai ser atacado e o tempo para chegar [em um abrigo]”, detalha.
Esse cômodo fortificado é bem similar a um quarto comum: a diferença está na parede reforçada de cerca de 30 centímetros de concreto maciço. A proteção se repete no chão e no teto, o que acaba reduzindo o pé-direito, em comparação ao resto da casa.
A porta é de metal, com travas que vão fundo na parede. Janelas seguem o mesmo padrão — normalmente só há uma por bunker.
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Artefatos caindo sob Jerusalém
REUTERS/Ronen Zvulun
Além do quarto fortificado, há ainda um cômodo blindado no térreo do prédio e bunkers nas ruas disponíveis para a população.
“Esses aplicativos mostram a localização dos bunkers, caso você não esteja em casa. E toca a sirene juntamente com tudo isso. Então você é avisado e dá tempo de você se proteger”, diz Marta.
Irã ataca Israel
Irã dispara drones contra Israel
Arte/g1
O Irã lançou um ataque inédito contra Israel na noite de sábado (13) — madrugada de domingo (14) pelo horário local. O bombardeio cumpriu a promessa das autoridades iranianas de “punir Israel” como resposta a um ataque contra um consulado do Irã.
▶️ A escalada na crise começou no dia 1º de abril.
Naquele dia, um ataque israelense matou um comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã e outras seis pessoas na Síria.
O bombardeio atingiu a missão diplomática do Irã em Damasco e foi conduzido por aviões militares.
À época, Israel evitou comentar o caso, mas fontes da Defesa israelense confirmaram a autoria do bombardeio ao jornal “The New York Times”.
▶️️ “Ação agressiva e desesperada”: Um dia depois do ataque, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, prometeu vingança e disse que Israel iria se arrepender do ataque.
Após o Irã ter lançado o ataque do Irã, o governo israelense defende um contra-ataque. Enquanto isso, a comunidade internacional tenta evitar uma escalada no conflito. Já os iranianos consideram que o ataque foi uma resposta a um bombardeio israelense e veem o assunto como encerrado.
▶️ Sem apoio: O presidente Joe Biden deixou claro ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que os Estados Unidos não vão apoiar um possível contra-ataque.
Biden conversou com Netanyahu por telefone poucas horas depois do ataque.
Em um comunicado oficial, Biden chamou o ataque do Irã de “descarado” e elogiou a capacidade de defesa de Israel.
No entanto, nos bastidores, o presidente norte-americano afirmou que os Estados Unidos não participarão de eventual contra-ataque israelense.
As informações foram confirmadas por uma autoridade da Casa Branca à agência Reuters.
O Irã avisou que poderá bombardear bases norte-americanas se os Estados Unidos apoiarem Israel em uma contraofensiva.
▶️ G7 condena ataque: Os líderes do grupo dos sete países mais industrializados do mundo condenaram o ataque e disseram que trabalhariam para tentar estabilizar a situação no Oriente Médio.
Uma reunião virtual foi agendada pela Itália, que está na presidência rotativa do grupo, no domingo.
Após a reunião, os líderes publicaram uma declaração demonstrando preocupação com uma possível escalada de tensões na região.
Além disso, o G7 pediu cessar-fogo imediato em Gaza.
▶️ ONU: Outra reunião marcada para o domingo foi a do Conselho de Segurança nas Nações Unidas, em caráter de urgência.
O representante de Israel pediu para que o órgão aplique “todas as sanções” contra o Irã.
O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, afirmou que o Irã não é diferente do regime nazista e comparou o líder supremo iraniano a Hitler.
Erdan também defendeu uma retaliação ao Irã e disse que Israel não é passivo diante de ameaças e ataques.
Já o Irã respondeu dizendo que agiu de forma legitima ao atacar o território israelense, direcionando artefatos apenas a alvos militares
O representante do Irã na ONU, Saeed Iravani, afirmou que o ataque havia sido notificado às Nações Unidas e que o país agiu dentro do direito internacional.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que o Oriente Médio “está à beira do abismo” e que há um perigo de um conflito em larga escala.
▶️ E agora? De acordo com a professora Priscila Caneparo, especialista em direito internacional, o que se espera agora é “uma resposta um pouco mais branda de Israel”.
“Muito dificilmente a gente espera que haja uma escalada a nível regional desses conflitos, desses ataques diretos que, pela primeira vez, aconteceram entre Irã e Israel”, explicou.
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