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Equipe de Lula já se preocupa com chance de BC encerrar ciclo de queda de juros antes do previsto

Governo propõe reduzir meta para as contas públicas
O Brasil deu azar em mudar a meta fiscal em um momento de piora do cenário internacional, fazendo o dólar disparar nos últimos dias. O reflexo já começa a ser sentido nas taxas de juros de longo prazo.
Esse movimento pode levar o Banco Central a interromper o ciclo de queda da taxa Selic antes do previsto, o que já preocupa a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Assessores presidenciais avaliam que a reação do mercado é exagerada neste momento, porque a economia brasileira está em fase positiva, com crescimento, taxa de desemprego baixa e inflação sob controle.
Por isso, auxiliares de Lula temem uma mudança de rumo do Banco Central, que poderia reverter o cenário favorável da economia neste início de ano.
Por enquanto, o governo continua acreditando que na próxima reunião do Copom, nos dias 7 e 8 de maio, o Banco Central vai fazer um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic, que cairia de 10,75% para 10,25%.
A dúvida é a partir da reunião seguinte, nos dias 18 e 19 de junho. Se o mercado seguir volátil, com um dólar acima de R$ 5, o BC pode, no mínimo, reduzir a intensidade dos cortes, de 0,50 para 0,25 ponto percentual.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acredita que ainda há espaço para novas reduções na taxa de juros, mas admite que o cenário internacional negativo pode influenciar os próximos passos do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
A equipe de Haddad lembra que não é só o real que está sofrendo nos últimos dias. Até o peso mexicano, que estava sendo a estrela da economia emergente, foi atingido na terça (16) e perdeu cerca de 1,4%.
A avaliação de interlocutores do presidente Lula é que o Brasil foi atingido por uma tempestade perfeita, com os agentes de mercado ficando mais receosos devido a uma soma de fatores: dólar mais forte, atraindo investimentos para os EUA, mudança na meta fiscal, interferência na Petrobras, queda de popularidade e medidas na área de energia.
Tudo somado, o real penou nos últimos dias, fechando na terça na casa de R$ 5,26. A palavra de ordem dentro do governo é ter sangue frio, e melhorar a comunicação para conter o discurso da ala política do governo, que está comemorando a mudança da meta como mais espaço para gastos, o que, na prática, é verdade.
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