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Mais 2 vítimas procuram polícia para denunciar líder espiritual acusado de crimes sexuais contra 16 mulheres; vídeo mostra prisão


MP denunciou o homem de 49 anos em janeiro por quatro crimes. Jessey Maldonado Monteiro foi preso na Santa Casa de Socorro, no interior de SP. Imagens de câmera de segurança mostra momento da detenção. Vídeo mostra prisão de líder espiritual em Socorro
Mais duas vítimas procuraram a polícia para fazer uma denúncia contra Jessey Maldonado Monteiro, líder espiritual acusado pelo Ministério Público (MP) por prática de crimes sexuais contra pelo menos 16 mulheres em Socorro (SP).
O suspeito está preso desde o dia 15 de janeiro. Um vídeo de circuito de segurança da Santa Casa da cidade, divulgado nesta quarta (17), mostra o momento da prisão [assista acima]. Nas imagens, o homem demonstra surpresa por estar sendo preso.
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A informação sobre as novas vítimas é da Polícia Civil de Socorro. No fim de janeiro, a Promotoria ofereceu denúncia contra o líder espiritual. Com os novos relatos, mais dois inquéritos serão instaurados e, consequentemente, o número de mulheres que sofreram os abusos vai aumentar. A defesa do acusado nega as acusações e diz que está recorrendo da prisão.
Uma das mulheres que procuraram a delegacia afirmou à Polícia Civil de Socorro que desenvolveu diversos problemas de saúde por conta do que passou. Na denúncia do MP, assinada pelo promotor de Justiça Rafael Briozo, o homem de 49 anos é acusado de:
14 crimes de violação sexual mediante fraude;
4 crimes de estupro;
2 delitos de importunação sexual;
1 crime de exercício ilegal de medicina.
Segundo o Ministério Público, se condenado, Jessey pode pegar penas entre 54 anos e seis meses e 136 anos pela prática dos crimes.
“Ficou demonstrado que o acusado era integrante de um centro de umbanda e usava sua posição na entidade religiosa para oferecer supostos tratamentos mediúnicos feitos à base de massagens. Durante esses procedimentos, ele praticou atos libidinosos contra diversas mulheres”, diz o MP.
Jessey Maldonado Monteiro teve a prisão preventiva confirmada pela Justiça
Wesley Justino/EPTV
A Promotoria de Justiça afirma na denúncia que o acusado cometeu os crimes no consultório próprio e também no hospital em que ele atuava.
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“Uma das vítimas tinha 17 anos na época dos fatos e sofreu os abusos na presença da própria mãe. Ainda segundo as investigações, o denunciado atacou também uma paciente e uma estagiária do hospital em que trabalhava”, aponta a acusação.
A investigação
Segundo a polícia, 16 mulheres disseram, em depoimento, que foram abusadas durante massagens, terapias e atendimentos de Jessey. O investigado atuava há mais de 20 anos na área da saúde e, até ser preso, chefiava o setor de radiologia da Santa Casa de Socorro.
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Suspeito foi preso pela Polícia Civil de Socorro nesta terça-feira (16)
Wesley Justino/EPTV
O caso
Jessey Maldonado Monteiro foi preso no dia 15 de janeiro suspeito de estuprar mulheres durante atendimentos “terapêuticos”. O caso veio à tona após um grupo de mulheres ter procurado uma representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Socorro (SP).
Jessey teve a prisão preventiva mantida pela Justiça no dia seguinte e, desde então, está preso em Sorocaba (SP). Segundo a polícia, o suspeito fazia atendimentos terapêuticos diversos em um consultório na casa dele e também atuava como líder espiritual se descrevendo como uma pessoa “com poderes superiores”. Entre os serviços oferecidos pelo suspeito, estavam:
Ozonioterapia
Quiropraxia
Terapias psicológicas
Massagens
Hipnoses
Terapias de regressão
Acessórios sexuais, seringas e outros itens foram apreendidos na casa do suspeito.
Polícia Civil/Divulgação
À época da prisão, a Santa Casa disse que estava surpresa e não tinha qualquer conhecimento sobre os crimes praticados, além de manifestar solidariedade às vítimas e se colocar à disposição de autoridades.
Os advogados do templo de umbanda informaram que não tiveram acesso aos autos do inquérito policial. O espaço e seus representantes legais negam qualquer participação nos crimes que estão apurados e afirmam que se solidarizaram com as vítimas “se comprometendo a auxiliar a autoridade policial na apuração dos fatos”.
O que diz a defesa do líder
O advogado do líder espiritual, Ricardo Rafael, afirmou, quando houve a denúncia do MP, que não se manifestaria sobre o mérito do processo porque os autos estavam em segredo de justiça. Veja a nota na íntegra:
O advogado Ricardo Rafael, que patrocina a defesa do investigado informa que não se manifestará sobre o mérito do caso, uma vez que os autos se encontram em segredo de justiça, e que no momento oportuno demonstrará toda a improcedência acusatória.
Iremos aguardar a manifestação do Ministério Público e, agora, estamos agora lutando contra a prisão, que consideramos ilegal.
A respeito da prisão preventiva decretada, a defesa informa que, respeita a decisão, mas irá recorrer, pois os argumentos utilizados não encontram respaldo legal, onde a presunção da inocência deve prevalecer, sua decretação é uma afronta aos princípios basilares do Estado Democrático de Direito, regras que regem o processo penal brasileiro.
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