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Barco com corpos no Pará: entenda próximos passos da perícia e investigação


Marinha do Brasil, Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) investigam o caso. Há suspeitas de que ao menos 25 pessoas estariam no barco, que pode ter atravessado o Oceano Atlântico, da África ao Brasil, sem motor, nem leme. Barco com corpos: papiloscopistas do Núcleo de Identificação da PF trabalham na análise das vítimas e embarcação
PF/Divulgação
Equipes da Marinha do Brasil e da Polícia Federal trabalham na perícia do barco encontrado com corpos no litoral do Pará. Os 9 corpos estão sendo periciados no Instituto Médico Legal e a embarcação está na base naval de Val de Cães. Ambas perícias ocorrem em Belém.
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A Marinha do Brasil informou na noite desta quarta-feira (17) que o barco será periciado por técnicos da Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR), para buscar indícios que esclareçam as causas do acidente.
A embarcação saiu às 9h desta quarta (17) do IML de Bragança, em cima de um caminhão, e chegou às 14h na Base Naval da capital paraense. A viagem durou cerca de cinco horas.
Ainda segundo a Marinha, o inquérito aberto pela Capitania dos Portos busca também confirmar se a origem da embarcação é do continente africano.
Perícia nos corpos
Nove corpos estavam na embarcação encontrada no sábado (13), na cidade de Bragança. Oito estavam dentro da embarcação e um, próximo a ela, em circunstâncias que sugerem que o corpo fazia parte do mesmo grupo de vítimas.
superintendente da PF no Pará, José Roberto Peres, fala sobre processo de perícia do barco
De acordo com o superintendente da PF no Pará, José Roberto Peres, o trabalho de perícia deve se estender pelo menos até este fim de semana.
“Cada corpo vai ser minuciosamente identificado através de todas as técnicas possíveis: papiloscópicas, DNA e arcada dental. Todas as técnicas existentes serão feitas”, informou.
O superintendente diz que o Brasil, como membro da Interpol, segue o protocolo de Identificação de vítimas de desastres (DVI).
“Os países da África, onde se suspeita que seja a origem desse barco, participam da Interpol e a gente faz um checklist desses corpos que foram identificados com pessoas desaparecidas a fim de identificar aquelas que são reclamadas”, disse.
De acordo com os protocolos, há quatro fases na DVI para coleta durante a perícia: dados antemortem (informações sobre as vítimas antes do desastre), postmortem (dados obtidos dos corpos das vítimas), local de desastre e fase de comparação.
Barco encontrado em Bragança passa por perícia em Belém
Questionada pelo g1 se a Interpol já foi acionada, a Polícia Federal não respondeu, assim como não informou se já está com acesso à lista de pessoas reclamadas como desaparecidas em outros países.
Já o Ministério Público Federal (MPF) informou que as duas investigações sobre o caso, uma na área criminal e outra civil, estão em fase de tramitações internas no MPF e que não há novidades sobre o assunto.
Imigração ilegal
José Roberto Peres também informou que foram localizadas no barco diversas capas de chuvas idênticas, “o que demonstra que há uma organização por trás disso”.
“Uma organização que muito provavelmente contratou o barco, vendeu as vagas. As capas de chuvas trazem indício forte de que há uma organização criminosa que se enriquece com a tragédia humana da imigração ilegal”.
Barco foi encontrado à deriva no Pará com corpos no fundo da embarcação em estado de decomposição
Reprodução
De acordo com a PF, documentos e objetos localizados na embarcação sugerem que as vítimas são da Mauritânia e do Mali, na África. A PF informou que não descarta que haja pessoas de outras nacionalidades e que investiga de onde o barco partiu.
Há suspeitas de que ao menos 25 pessoas estariam no barco, que pode ter atravessado o Oceano Atlântico, da África ao Brasil, sem motor, nem leme.
A embarcação foi localizada em área conhecida como “Barra do Quatipuru”, nas proximidades da praia de Ajuruteua, em Bragança, distante cerca de 215 quilômetros de Belém, na região conhecida como salgado paraense.
Infográfico: veja onde barco com corpos foi encontrado no Pará
g1
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