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Bebê nasce morto depois de mãe ter sido liberada com contrações e dilatação por duas vezes do Hospital da Mulher no ABC, em SP


Prefeitura de São Bernardo do Campo alega que mãe não estava em trabalho de parto e, por isso, foi dispensada. Gestante foi levada para parto de emergência graças à mudança de equipe médica de plantão, mas criança nasceu morta. Polícia investiga o caso, que é o 3° registrado no mesmo hospital neste mês. Hospital da Mulher, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Uma gestante fez o parto emergencial de um bebê morto depois de ser liberada com contrações e dilatação por duas vezes no Hospital da Mulher, em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, em julho de 2023.
Priscila Benedito contou que por duas vezes foi à unidade de saúde da Mulher da cidade e foi dispensada. O parto de emergência só foi feito na unidade depois da mudança de equipe médica plantonista, após a segunda dispensa da mãe, de acordo com o relato da própria gestante.
O bebê nasceu sem vida.
Por meio de nota, a Prefeitura de São Bernardo disse que Priscila não estava em trabalho de parto e que o bebê nasceu com complicações (leia mais abaixo).
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O caso está sendo investigado e a polícia quer ouvir a mãe, além de ter requisitado um exame necroscópico para o IML. Esse foi o terceiro caso em que pacientes e familiares alegam negligência do mesmo hospital (veja mais abaixo).
Segundo relatos, Priscila foi ao hospital pela primeira vez e disse que estava com muitas contrações, mas foi liberada. No dia seguinte, ela retornou à unidade, ainda com muitas contrações, e mesmo assim teve nova alta.
No entanto, quando estava saindo do local, houve uma troca de plantões e a nova equipe acolheu a mulher, encaminhando a gestante para a sala de parto emergencialmente.
O bebê nasceu morto, após a realização de uma cesárea de emergência. O marido da moça, Vinicius Lopes, afirmou ter visto fezes no corpo da criança.
Ele foi à delegacia e denunciou o hospital por negligência e falha no atendimento. Vinicius foi ouvido pelo delegado e afirmou que a esposa está abalada e não tinha condições inicialmente de ir à delegacia prestar queixa.
O que diz a Prefeita de São Bernardo
Na nota enviada à TV Globo, a Prefeitura de São Bernardo do Campo disse que Priscila esteve no hospital, passou em consulta médica e estava com dores, mas não ainda em trabalho de parto.
Por isso, ela foi dispensada e voltou no dia seguinte, quando fez exames e ficou internada. Com o resultado de um exame alterado, foi para a sala de parto indicado para a cesárea, mas o bebê infelizmente nasceu com complicações e faleceu.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) afirmou que o caso está sendo investigado e que detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial.
Outros casos
Compressa é deixada dentro do corpo de paciente após trabalho de parto, em São Bernardo do Campo (SP)
Em março deste ano, uma gestante teve tecidos esquecidos dentro do corpo por 19 dias após a realização do parto. Raissa Falosi chegou a ter 39.3º de febre, mas sobreviveu depois de ter ido pela segunda vez ao mesmo hospital e as gazes terem sido retiradas.
A Prefeitura de São Bernardo diz que a paciente Raissa passou em consulta na última quarta-feira (17), fez exames, segue bem e vai continuar sendo atendida ambulatorialmente.
A médica responsável pelo caso já não trabalha no hospital. O caso de Raissa ainda está sendo investigado. A polícia solicitou ao hospital que todos os funcionários que estavam presentes enquanto a mãe estava no hospital prestem depoimento.
Poucos dias depois, outra gestante morreu uma semana depois do parto que foi feito de forma emergencial, na UTI, porque ela passou mal e desmaiou após ter recebido duas doses de anestesia. O bebê deve receber alta no final deste mês.
A Secretaria aguarda a conclusão do laudo do IML para seguir com a apuração do caso de Deisy.
Deisy Coimbra
Deisy, grávida da filha Gabi, dias antes do parto
Reprodução/ Arquivo pessoal
Outro caso que aconteceu no Hospital da Mulher é da gestante Deisy Coimbra, de 29 anos, morreu no último dia 22 de março, uma semana depois do parto da primeira filha.
Arthur Coimbra, marido de Deisy, alega que ela passou mal após a anestesia.
O marido relatou o caso à TV Globo depois de ter visto a reportagem sobre o hospital ter esquecido curativos dentro de uma mulher por 19 dias após o parto. O hospital alega que a mulher já tinha comorbidades e afirma ainda não saber a causa da morte.
Deyse foi internada na manhã do dia 16 de março e, às 18h, a equipe médica começou a induzir o parto. As dores aumentaram e a gestante recebeu a primeira dose de anestesia. Segundo o marido, Deyse começou a passar mal depois da segunda aplicação de anestesia. A equipe médica disse ser normal, deixou o quarto, e em seguida a gestante desmaiou.
“Deram outra anestesia nela e na hora ela falou que estava sentindo fraqueza, dor na cabeça, a médica e a anestesista falaram que era normal e saíram do quarto. E em 1 minuto ela desmaiou no meu braço, ficou roxa, sem respiração. Foi pro parto, tentaram ressuscitar ela, e ao mesmo tempo fazer o parto da Gabi”, contou Arthur à TV Globo. Deyse foi levada para a UTI e morreu uma semana depois.
A criança foi retirada com vida, mas segue internada, e deve receber alta até final de abril.
Arthur Coimbra, viúvo de Deisy segurando filha recém-nascida Gabi
Reprodução/Arquivo pessoal
O Hospital da Mulher foi inaugurado em julho de 2023 e integra os serviços do antigo Hospital Municipal Universitário e do Centro de Atenção Integrada de Saúde da Mulher. Além dos dois casos das gestantes, o local tem recebido reclamações de atendimento.
Segundo Rodolfo Strufaldi, diretor técnico do Hospital da Mulher, os casos de Deisy e Raissa não são comuns. Ele ainda frisa que Deisy tinha comorbidades e que o acompanhamento da gestante foi feito de perto.
“Foi feito uma anestesia de analgesia, com cateter (…) a gente vai colocando de acordo com o que a paciente está sentindo de dor. Foi feita uma primeira fase. E quando ela voltou a reclamar de dor, foi feito mais (…) Ela acabou não se sentindo bem e foi levada para sala de parto, teve uma parada cardíaca”, relatou Strufaldi.
O corpo está no IML para investigar as causas da morte. O Hospital vai ter também uma oitiva com os envolvidos dos dois casos: profissionais, enfermeiros e médicos.
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