Preso pela PF (Polícia Federal) acusado de crimes eleitorais nesta quinta-feira (18), o ex-deputado Wladimir Costa coleciona polêmicas e processos.
O político foi preso preventivamente no aeroporto de Belém, quando Costa desembarcou de um voo.
Segundo a PF, o ex-deputado fez postagens ofensivas e expos a vida privada da deputada Renilce Nicodemos (MDB-PA) em uma rede social, o que configura crime eleitoral.
O TRE-PA (Tribunal Regional Eleitoral do Pará) mandou Wladimir Costa retirar as postagens ofensivas que motivaram o mandado de prisão.
Wladimir Costa cumpriu quatro mandatos pelo estado do Pará, o último deles de 2015 a 2019. Em 2018, ele foi escolhido como líder da bancada do Solidariedade na Câmara.
No entanto, em 2017, o então deputado foi condenado por abuso de poder econômico e gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2014. A decisão unânime do TRE-PA determinou que o mandato de Costa fosse cassado e que ele se tornasse inelegível por oito anos.
Tatuagem de Temer no ombro
Em 2017, Wladimir Costa ficou conhecido por fazer uma tatuagem falsa em homenagem a Michel Temer no ombro, com uma bandeira do Brasil acima.
O ex-deputado votou para suspender a denúncia por corrupção passiva apresentada pela PGR (Procuradoria Geral da República) contra o ex-presidente.
Costa ficou marcado por estourar um rojão de confetes durante a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara, enquanto alegava que o governo do PT dava “um tiro de morte” no coração do povo brasileiro.
Wladimir Costa foi condenado por ofender artistas
Em janeiro de 2023, Wladimir Costa foi condenado por ofensas contra os artistas Wagner Moura, Letícia Sabatella, Sônia Braga, Glóra Pires e o marido dela, Orlando de Morais. As ofensas aconteceram em julho de 2017.
O ex-deputado mencionou os artistas ao fazer referência ao movimento ‘342 Agora’, que tinha integrantes da classe artística que pediam aos parlamentares que fossem a favor da aceitação da denúncia de corrupção feita pela PGR contra o então presidente Michel Temer.
Na época, o político chamou os artista de “vagabundos” pelo uso dos fundos da lei Rouanet. No discurso, falou que Wagner Moura era um “ladrão” e trocou o nome de Letícia Sabatella por “Letícia Mortadela”. Em uma rede social, Wlad se manifestou sobre a condenação: “Não retiro nenhuma vírgula do que falei”.
Briga com Ximbinha
Em 2020, Ximbinha acusou Wladimir Costa de calúnia, injúria e difamação e pediu uma indenização de R$ 103,9 mil.
Ximbinha alegou ter sido chamado de “maníaco agressor de mulheres”, no dia 14 de janeiro de 2020, e no dia 19, “guitarrista de merda de nome Ximb”, na rede social Facebook.
Na ação, o músico alegou que “prejuízos de ordem moral e patrimonial que vem sofrendo em virtude das publicações e declarações de Wladimir, considerando que o músico é pessoa pública e que diversos funcionários e suas respectivas famílias dependem de seu trabalho”.
A cantora Joelma, ex-mulher de Ximbinha, chegou a ser chamada como testemunha de defesa do ex-deputado.
Ex-deputado foi denunciado por suposto desvio de salário de funcionários
Wladimir Costa também foi denunciado por peculato por suposto desvio de salários de funcionários de seu gabinete na Câmara. Segundo o MPF (Ministério Público Federal), em 2005, três servidores repassavam ao deputado parte dos salários que recebiam.
No entanto, o ex-deputado foi absolvido por unanimidade no STF, por falta de provas.
Denúncia de assédio contra repórter
Quando uma repórter o abordou para questionar se a tatuagem com o nome de Temer era definitiva e Wladimir Costa responder que para ela, só mostrava se fosse “o corpo inteiro”, o ex-deputado foi acusado por falta de decoro no Conselho de Ética da Câmara, mas o caso acabou arquivado.