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Rondônia faz primeiro transplante ósseo do Norte; entenda como funciona cirurgia que usa ‘parte’ de cadáver


Paciente é um homem de 30 anos que sofreu uma fratura exposta na perna. Hospital de Base, em Porto Velho, é o único da região Norte credenciado a realizar o procedimento. Hospital de Base de Rondônia é o único da região Norte credenciado a realizar o procedimento.
Sara Caslow/Sesau Rondônia
O primeiro transplante ósseo da Região Norte foi realizado na quarta-feira (17) no Hospital de Base Ary Pinheiro, em Porto Velho. A cirurgia, que utiliza ossos de um doador cadáver, aconteceu em um homem de 30 anos que sofreu uma fratura exposta na perna direita.
O procedimento foi realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e os ossos vieram do banco de tecidos musculoesqueléticos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into).
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Rondônia (Sesau), o paciente possuía uma falha óssea muito extensa e a única solução encontrada para tratar o caso foi um transplante de osso.
Cirurgia envolve o uso de partes de ossos retirados de um doador falecido
Sara Caslow/ Sesau Rondônia
A coordenadora do transplante ósseo do Hospital de Base, Thais Santos, explicou ao g1 que a cirurgia realizada no paciente foi a de “enxerto ósseo homólogo”, que envolve o uso de partes de ossos retirados de um cadáver.
Como acontece o procedimento?
De acordo com a chefe da área de processamento e manejo tecidual do Into, Tatiana Gargano, não é necessário que o osso do doador cadáver seja compatível com o receptor. Após a coleta e armazenamento no banco, o tecido é limpo e perde a identificação do sistema de origem.
“Pelo fato de limparem tudo para que seja possível armazenar, o osso perde a identificação. Por isso, ele não precisa ser compatível com o receptor. O risco de rejeição nesse tipo de procedimento é mínimo”, explica Tatiana.
Além disso, a parte do osso doada não precisa, necessariamente, ser a mesma do local onde será colocado, nem do mesmo tamanho. No momento do procedimento, é feita uma reestruturação com várias partes de ossos de locais diferentes.
Transplante atenderá pacientes que aguam pelo procedimento ortopédico na fila de espera do SUS
Sara Caslow/Sesau Rondônia
Essa técnica ajuda na regeneração de ossos danificados ou perdidos devido a lesões e doenças. Por isso, após os meses de recuperação, o paciente voltará a locomover a área da cirurgia e a realizar suas atividades cotidianas.
Como ter acesso ao transplante?
Segundo a Sesau, o transplante atenderá pacientes que aguardam pelo procedimento ortopédico na fila de espera do SUS. A cirurgia é realizada para correção e regeneração de falhas em decorrência de traumas ou deformidades congênitas.
Para realizar o transplante ósseo em Rondônia, é necessário que o paciente esteja cadastrado no SUS e com o registro de saúde atualizado. Para isso, é preciso:
Ir até uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima e passar por uma consulta com o médico da família;
Após o diagnóstico, o paciente será encaminhado para avaliação;
Coordenação entrará em contato por ligação ou WhatsApp para agendar uma consulta com o médico especialista em transplantes
Usuário será inserido na fila de espera e passará por exames preparatórios pré-cirurgia.
Como ser um doador?
De acordo com o Into, o procedimento para doação de ossos é parecido com o de outros órgãos: o doador deve comunicar a decisão à família, que autoriza a retirada do tecido no caso de morte.
Pioneiro no transplantes ósseo no Norte
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Rondônia (Sesau), o Hospital de Base (HB), em Porto Velho, é o único na região Norte credenciado a fazer esse tipo de intervenção cirúrgica por meio do Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Hospital de Base de RO será o 1° da região Norte a fazer transplante de tecido ósseo
Hospital de Base, em Porto Velho
Diêgo Holanda/G1
Por ser o único hospital credenciado pelo SNT na região Norte, o instituto estipulou que o HB seja o “ponto-satélite” para receber todos os tecidos e fazer a distribuição aos hospitais do Acre, Amazonas, Pará e Roraima ( devido à facilidade logística).
Para dar início ao processo da implementação das cirurgias em Rondônia, em 2023 houve uma capacitação com os profissionais do HB. O treinamento foi no Into, do Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro.
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