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Absolvido em júri popular, julgamento de Jorge Marra pelo assassinato de ex-vereador de Patrocínio é anulado


Júri popular realizado em outubro de 2022 absolveu o ex-secretário municipal de Obras pela morte de Cássio Remis e nova data será marcada. O crime ocorreu em setembro de 2020, logo após o ex-vereador fazer denúncia de obra irregular em transmissão ao vivo nas redes sociais. Jorge Marra é autor dos disparos que mataram o candidato a vereador Cássio Remis em Patrocínio
Patrocínio Online/Divulgação
O júri popular realizado em 2022 que absolveu o ex-secretário municipal de Obras de Patrocínio, Jorge Moreira Marra, foi anulado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). O julgamento foi anulado em votação de desembargadores do TJMG, por dois votos a um. Jorge Marra é irmão do prefeito da cidade, Deiró Marra.
No entanto, as partes envolvidas ainda podem recorrer da decisão. De acordo com o Tribunal, a data e o local do novo julgamento ainda será definida.
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O que dizem as partes
À TV Integração, o advogado de Jorge Marra, Sérgio Leonardo, afirmou que a votação que anulou o júri “não respeitou a decisão soberana dos jurados”. Segundo ele, a defesa “sempre confiou na comunidade Patrocínio. Na comunidade que conhece as pessoas, que conhece os fatos, sabe o que aconteceu e, por isso, através de 7 cidadãos e cidadãs, absolveu Jorge Moreira Marra”.
Sérgio Leonardo também afirmou que a defesa recorrerá da decisão.
Também à TV Integração, o advogado da família de Cássio Remis, Márcio Grossi afirmou que a decisão do TJMG foi justa ao anular a sentença após analisar “cuidadosamente todas as provas do processo”
Entenda o caso
Cássio Remis morreu em 24 de setembro de 2020, após ser baleado pelo então secretário de Obras, Jorge Marra.
Antes de morrer, a vítima estava na Avenida João Alves do Nascimento mostrando o processo de revitalização da via, quando alegou na transmissão ao vivo que funcionários da Prefeitura eram usados para fazer serviços particulares em frente a uma casa que seria o comitê de campanha do prefeito Deiró Moreira Marra (veja o vídeo abaixo).
Pré-candidato a vereador em Patrocínio é atacado durante live
Durante a transmissão, Jorge Marra saiu de um veículo, tomou o aparelho da vítima e voltou ao carro. Em seguida, Remis foi atrás do secretário, que se dirigiu à Secretaria de Obras.
Na porta do local, o candidato tentou pegar o telefone de volta, mas Marra atirou e fugiu. Toda ação foi registrada pelo circuito interno de segurança (veja no vídeo abaixo).
Vídeo mostra momento em que Cássio Remis foi baleado em Patrocínio
No dia do crime, a arma usada para matar a vítima e a caminhonete usada na fuga foram encontradas em Perdizes. No dia 27 de setembro de 2020, ele se entregou na delegacia de Polícia Civil.
Segundo a investigação, Jorge Marra se apresentou de forma espontânea após um acordo feito com sua defesa e “cooperou com 99% das perguntas”.
Depois de depor, o acusado foi encaminhado para um presídio. Depois, foi transferido para o Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas.
Em outubro de 2020, ele foi transferido para Penitenciária de Patrocínio I. Em dezembro do mesmo ano, a defesa de Marra tentou soltura por meio de habeas corpus, mas o pedido foi negado.
Investigação
O inquérito que investigava o caso foi concluído em outubro de 2020, sendo que Jorge Marra foi indiciado por homicídio, porte ilegal de arma de fogo e pelo roubo do celular. Em novembro, as testemunhas do crime foram ouvidas e alguns dias depois, o acusado permaneceu em silêncio durante a segunda audiência de instrução.
À época, a delegada de Homicídios, Ana Beatriz de Oliveira Brugnara, também indiciou o motorista e outro funcionário por favorecimento, ao facilitar a fuga do autor do crime.
O primeiro julgamento
Em outubro de 2022, o ex-secretário de Obras foi absolvido do crime de homicídio duplamente qualificado após 16 horas de julgamento.
Ele foi julgado por homicídio qualificado, motivo torpe e uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima, que o júri entendeu como “legítima defesa”. Jorge Marra, porém, foi condenado a dois anos e 10 dias, por porte de arma.
Como ele estava preso desde setembro de 2020, a pena foi dada como cumprida.
“Desde o início dos fatos eu sempre disse que a defesa confiava na sociedade de Patrocínio. Sempre disse que eu queria que o processo fosse julgado pela sociedade de Patrocínio e hoje, a sociedade de Patrocínio julgou, e fez Justiça no caso concreto, absolvendo o seu Jorge Moreira Marra”, comentou o advogado de defesa, Sérgio Leonardo, após o julgamento.
“Infelizmente, neste caso específico, a lei não foi o limite. Jorge Marra, contrariando todas as provas do processo, o conselho de sentença entendeu por absorver pelo crime de homicídio e condená-lo apenas no porte de arma”, contestou o advogado assistente da acusação, Márcio Grossi, à época.
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