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Mariana: defesa de atingidos afirma na Justiça inglesa que BHP sabia de riscos da barragem


Julgamento em Londres está marcado para começar em 7 de outubro de 2024. A conclusão está prevista para 2025. Rompimento da barragem da Samarco em Mariana
AFP PHOTO / Douglas MAGNO
A defesa das vítimas do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, argumentou na Justiça inglesa, nesta quinta-feira (18), que a BHP, acionista da Samarco, estava ciente dos problemas da estrutura antes da tragédia.
De acordo com o escritório de advocacia Pogust Goodhead, que representa os atingidos, foi apresentado um e-mail enviado por um ex-chefe de divisão da BHP ao então diretor executivo da empresa, no dia seguinte ao desastre, sobre os riscos da barragem.
“Depois de uma visita ao local, enviei uma nota à Samarco que continha comentários extensos sobre o risco da barragem. Se eu puder ajudar de alguma forma, entre em contato comigo. Enviei várias cartas ao MD [diretor-gerente] solicitando revisões da barragem e me lembro muito bem dos acontecimentos. Acredito que também havia alguns documentos no registro de riscos da BHP”, dizia a mensagem, segundo o escritório.
O e-mail foi revelado nesta quinta-feira durante audiência no Tribunal Superior de Londres. A defesa das vítimas alega que a BHP deve ser responsabilizada pelo rompimento da barragem porque teria conhecimento dos problemas e estaria envolvia na gestão da Samarco.
Uma nova sessão está prevista para esta sexta-feira (19). As audiências, de gerenciamento de caso, são uma forma de preparação para o julgamento, marcado para começar em 7 de outubro de 2024. A conclusão está prevista para 2025.
O g1 questionou a BHP sobre o assunto e aguarda retorno.
Entenda
A ação na Inglaterra é movida por cerca de 700 mil atingidos pelo rompimento da barragem, incluindo moradores, municípios, empresas e instituições religiosas, que pedem indenização de aproximadamente R$ 230 bilhões.
O processo foi movido inicialmente apenas contra a BHP. No entanto, em agosto do ano passado, a Vale foi incluída na ação, após a anglo-australiana reivindicar que, em caso de condenação, a mineradora brasileira contribua com no mínimo 50% do valor a ser pago às vítimas.
As duas empresas são controladoras da Samarco, responsável pela barragem de Fundão, que rompeu em novembro de 2015. A tragédia causou 19 mortes, destruiu comunidades e contaminou o Rio Doce.
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