A presença do ministro dos Transportes, Renan Filho (MBD), foi cercada de grande expectativa. Não só pelo momento da Grande Florianópolis, ainda impactada pelos prejuízos da mobilidade, mas pela possibilidade de trazer soluções para o grande calcanhar de Aquiles de Santa Catarina.
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Renan Filho esteve na inauguração do Ponto de Parada e Descanso – Divulgação/ND
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Renan Filho, na inauguração do PPD, em Palhoça – Diogo de Souza/ND
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Ministro dos Transportes inaugurou ponto de descanso para caminhoneiros em SC – Lucas Amorelli/Reprodução/ND
A realidade, no entanto, mostrou que o ministro prometeu mundos e fundos sem entregar uma mísera solução. Elogiou a vista do hotel em que estava hospedado, à beira-Mar, contou anedotas, lembrou de suas administrações em Alagoas, citou Graciliano Ramos e até falou na partida entre Manchester City e Real Madrid, válida pelas quartas de final da Liga dos Campeões da Europa.
Mas paralelo a isso, sequer teve “agenda” para atravessar o Morro dos Cavalos e testemunhar o que restou do caos de uma ocorrência que, simplesmente, parou o transporte do Sul do País.
Segundo apurado pela Coluna Bom Dia, ele teria “desistido” da ideia depois de ouvir da Arteris que o trecho Norte do Morro dos Cavalos acumulava 2 quilômetros de filas.
Nem o Contorno Viário, que foi apontado pelo próprio ministro como a maior obra de mobilidade do País, Renan Filho teve “tempo”.
Em um corredor com 50 quilômetros de extensão, parou no cantinho do entroncamento do novo traçado com a BR-282, fez algumas fotos e em um intervalo de no máximo 2 minutos seguiu seu roteiro, rumo ao Norte do Estado, antes de decolar à Brasília (DF).
Se não expressar aqui nesse conteúdo, ninguém vai lembrar que a visita ministerial tinha como objetivo inaugurar o Ponto de Parada e Descanso para caminhoneiros. Excelente estrutura mas, nada mais irônico do que inaugurar uma estrutura para parada, quando a maior necessidade da região é a mobilidade.
A terceira passagem de Renan Filho em Santa Catarina serviu para escancarar a expectativa por soluções diante da realidade que deve ser de paciência. E muitas filas.
