Palestrante disse que sonhava em participar dos Jogos Olímpicos, mas “problemas começaram a acontecer” desde o convite do do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Joel Jota desistiu de ser padrinho da delegação brasileira nas Olimpíadas
Divulgação
O influencer, palestrante e ex-nadador Joel Jota desistiu de ser padrinho da delegação olímpica brasileira após ser acusado de ‘exagerar’ no currículo por atletas e ex-atletas. Em nota publicada nas redes sociais nesta sexta-feira (19), ele informou que sonhava em participar dos Jogos Olímpicos, mas decidiu renunciar ao convite do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) devido à repercussão na internet.
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“Apesar de ter ficado muito feliz pelo convite, cheguei à conclusão que será melhor pra mim e minha família que eu não participe mais como padrinho da delegação brasileira em Paris”, escreveu em comunicado publicado nas redes sociais.
Natural de Santos, no litoral de São Paulo, Joel é empresário e se apresenta como nadador da Seleção Brasileira. Em seu site, ele se autointitula como “o maior treinador de alta performance do país, escritor de best-seller, mestre em Ciências do Esporte e investidor”.
O palestrante foi anunciado como “padrinho” da delegação brasileira para as Olimpíadas deste ano. Porém, a decisão do COB rendeu críticas. Nadadores olímpicos como Joanna Maranhão e Bruno Fratus manifestaram a desaprovação da escolha por meio das redes sociais, sob alegação de que Joel exagera nas conquistas profissionais.
A ex-nadadora olímpica publicou que ele “vende o que não é”. Enquanto Fratus escreveu que não gosta de mentira.
Comunicado
Em publicação nesta sexta-feira (19), Joel disse que recebeu o convite do COB para ser padrinho da delegação na semana passada e, desde então, “alguns problemas começaram acontecer”.
No texto, o empresário informou que foi atleta de natação por 15 anos, conquistando medalhas por diversas competições. “Porém, nunca consegui um índice olímpico para realizar um antigo sonho: participar de uma olimpíada”.
Joel Jota publicou sobre conquistas nas redes sociais
Redes sociais
Joel explicou que após o fim da carreira como atleta, embarcou em uma jornada como best-seller, influenciador, palestrante corporativo, empresário e investidor. “Por este sucesso, influência e expressão pública, o Comitê Olímpico Brasileiro me convidou no início de abril para ser Padrinho da delegação brasileira em Paris. O Padrinho tem a função de apoiar a delegação, e promover o espírito esportivo, usando sua influência junto ao grande público”.
Ainda no comunicado, Joel informou que o papel não tinha relação com participação olímpica. Desta forma, citou outros artistas e ex-atletas que foram convidados para serem padrinhos, como Sabrina Sato e Pedro Scooby. Ele disse que aceitou o convite porque ama o esporte, tem vontade de retribuir e servir e seria a realização de um sonho.
Ele enfatizou que desde que topou ser padrinho, passou a ser alvo de críticas. Joel fez uma lista dizendo que a indicação foi questionada por atletas e ex-atletas, bem como os títulos e convocações dele. “Fui chamado de charlatão por alguns jornalistas que publicaram suas matérias sem sequer me ouvirem”.
Motivado pela repercussão do convite, Joel desistiu de ser padrinho. “Tomei a decisão de renunciar o papel de padrinho do Time Brasil nos jogos olímpicos de Paris. Quero agradecer o convite do COB. O simples convite que recebi já representa para mim um grande reconhecimento”, escreveu o empresário, que desejou sorte aos atletas brasileiros que participarão do evento esportivo.
Procurado pelo g1, o COB não se manifestou sobre o caso até a publicação desta matéria.
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