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Rendimento médio do brasileiro bate recorde em 2023, mas a desigualdade ainda é enorme, aponta IBGE


Segundo a pesquisa, o mercado de trabalho foi fundamental para o resultado. Mas, para a população mais pobre, a ampliação dos programas sociais fez uma diferença enorme. Uma pesquisa do IBGE mostra que o rendimento médio do brasileiro bateu recorde em 2023.
Os efeitos devastadores da pandemia na renda dos brasileiros ficaram para trás. Tudo o que a população ganhou em 2023 somou R$ 33 bilhões acima do valor total de 2019.
O IBGE somou tudo o que as famílias conseguiram receber em 2023, incluindo todas as fontes: trabalho, aposentadoria, pensão, aluguel e programas sociais. O valor chegou a quase R$ 400 bilhões, o maior já registrado pela pesquisa, que começou em 2012 – aumento de 12,2 % em relação a 2022.
O rendimento médio por pessoa foi de R$ 1.848, também o maior da série.
A secretária Roberta Souza faz parte da explicação. Ela perdeu o emprego em 2020, teve que vender o apartamento que morava, voltou com a filha para casa dos pais: um caos. Em 2023, ela conseguiu uma nova oportunidade, de carteira assinada, e está se reerguendo.
“Comprar uma coisinha aqui, uma coisinha ali. Dar uma saída, ir em um cinema. Essas coisas mais básicas que, às vezes, assim, por causa da nossa questão, de ter que pagar as contas maiores, a gente vai deixando certas coisas de lado”, conta.
Em 2022, a renda de 44,5% da população vinha do trabalho. Em 2023, essa proporção aumentou para 46%
JN
Lembra daquela soma da renda de todo mundo? Os quase R$ 400 bilhões? Em 2022, a renda de 44,5% da população vinha do trabalho. Em 2023, essa proporção aumentou para 46%. O que mostra que, no ano passado, houve uma recuperação consistente nos empregos.
“Pessoas que estavam fora do mercado de trabalho voltaram, como também novas pessoas entraram. Isso influenciou a massa de rendimento dos trabalhos e, consequentemente, a massa de rendimento domiciliar per capita”, explica Janaína Rodrigues Feijó, economista FGV-IBRE.
Claro, o mercado de trabalho foi fundamental para esse resultado. Mas a pesquisa do IBGE também mostra que, para a população mais pobre, outro fator fez uma diferença enorme: a ampliação dos programas sociais. Para esse grupo, o rendimento médio cresceu mais de 12% de um ano para o outro, mais um recorde da série histórica.
Economistas explicam que esse número evitou uma piora em um problema que já é muito grave no país: a desigualdade. O grupo que compõe 1% da população mais rica tem uma renda 39 vezes maior do que o grupo onde está a grande maioria, mais pobre.
“Essa distância ainda permanece muito grande. Acho que um caminho – é claro, não vai ser de um ano para o outro, é uma questão que vai ser mais longo prazo -, mas o investimento em benefícios sociais, em educação, aumento da produtividade na economia como um todo vai ajudar que essa distância reduza. Mas isso não vai ser tão cedo, vai demorar bastante ainda”, acredita Rodolpho Tobler, economista da FGV-IBRE.
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