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TCE vai apurar desperdício de dinheiro público após prefeita jogar livros no lixo em SC

O TCE/SC (Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina) vai apurar se houve desperdício de dinheiro público no caso da prefeita de Canoinhas, Juliana Maciel (PL), que jogou dois livros no lixo.

Prefeita que jogou livros no lixo diz que ato foi ‘simbólico’ e MPSC apura descarte – Foto: NDTV

A atitude foi filmada e divulgada pela prefeita na última semana em seu perfil na internet, sob a justificativa de que os títulos eram impróprios para crianças e adolescentes.

O conselheiro Luiz Eduardo Cherem solicitou ainda na sexta-feira (19) à presidência do Tribunal para que fosse instaurado um processo para averiguar a situação.

“Tendo em vista que o noticiado aponta para flagrante desperdício dos recursos públicos empenhados na execução do projeto, que aparentemente são oriundos do próprio Município de Canoinhas e não do Governo Federal, compreendo que o fato demanda atenção desta Corte de Contas”, diz um trecho do memorando assinado pelo conselheiro.

Segundo o TCE, o pedido já foi direcionado para a área técnica, que analisava o procedimento mais adequado nesta terça-feira (23).

O Ministério Público de Santa Catarina também investiga a polêmica. A promotoria da cidade já instaurou uma notícia de fato para também apurar o descarte de livros.

 

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Prefeita diz que ato foi simbólico

Em entrevista, a prefeita disse que o ato foi simbólico e garantiu que os livros serão devolvidos aos responsáveis pela criação do projeto da Mundoteca, biblioteca comunitária de onde foram retirados.

As obras envolvidas na polêmica são: “Aparelho Sexual e Cia”, de Zep e Hélène Bruller, e “As melhores do analista de Bagé”, de Luís Fernando Veríssimo.

“Esses livros foram jogados simbolicamente, e esse vídeo foi divulgado em uma página minha, não da prefeitura. Mas de todo modo eu não mudo o meu posicionamento sobre aqueles títulos estarem à disposição, ao alcance de crianças e adolescentes”, comentou Juliana.

De acordo com a prefeita, os livros estavam com a classificação equivocada e no alcance de crianças e adolescentes que frequentam o espaço. A biblioteca é gerida desde o último ano pela Secretaria Municipal de Educação.

A idealizadora e produtora do projeto Mundoteca, porém, nega e explica que os exemplares nunca foram emprestados ou indicados para crianças. Segundo a FGM Produções, o primeiro tem indicação para o público juvenil e foi emprestado somente para uma pessoa adulta na biblioteca. Já o segundo é recomendado para o público adulto e nunca foi emprestado.

“A Mundoteca é uma biblioteca pública comunitária para todas as idades. Todos os livros que compõem o acervo do projeto passam por uma curadoria de especialistas e trazem uma etiqueta com a faixa etária recomendada”, diz um trecho da nota.

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