Mais de 300 ocorrências foram registradas entre 2021 e 2023. Golpe envolvia três revendas de carros na região de Samambaia; duas pessoas estão presas. Fachada da 32ª Delegacia de Polícia, em Samambaia
TV Globo/Reprodução
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou uma operação contra um grupo criminoso suspeito de criar concessionárias de fachada para aplicar golpes no Distrito Federal. Segundo a investigação, foram registradas mais de 300 ocorrências entre 2021 e 2023, na região de Samambaia, e o prejuízo para os clientes soma cerca de R$ 600 mil.
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De acordo a PCDF, o grupo buscava atrair clientes com anúncios de veículos em redes sociais, com preços abaixo do praticado no mercado (saiba mais abaixo).
“Os vendedores enganavam os clientes cobrando valores de entrada/sinal para a aquisição dos automóveis, prometendo a entrega em até sete dias”, diz a polícia.
As três concessionárias ficavam na quadra 108 de Samambaia Sul:
WV Motors
Boss Nacionais e Importados
Inova Multimarcas
O g1 não conseguiu falar com as empresas citadas e nem com a defesa delas.
A Operação Mau Negócio foi deflagrada na sexta-feira (19) e resultou na prisão preventiva de “dois integrantes da alta cúpula da organização criminosa”, segundo a polícia, e na solicitação de bloqueio de valores em contas bancárias dos investigados.
Como funcionava o golpe❓
De acordo com a Polícia Civil, depois que os clientes faziam o pagamento do “sinal”, e passado o prazo estipulado para a entrega, eles descobriam a documentação assinada era para uma “assessoria de crédito” – e que nenhuma venda de veículo havia sido realizada.
A PCDF acredita que o prejuízo para os compradores é de cerca de R$ 600 mil e que há mais vítimas, que ainda não registraram ocorrência. Por isso, a orientação é qualquer pessoa que tenha caído no golpe compareça a alguma delegacia de polícia “apresentando a documentação assinada e o comprovante de pagamento”.
Os investigados foram indiciados pela prática dos crimes de promover, constituir e/ou integrar organização criminosa, além dos crimes de estelionato.
“As investigações continuam para localizar e prender os demais integrantes da organização criminosa, bem como para identificar outros estabelecimentos comerciais que possam estar envolvidos em golpes semelhantes atualmente”, diz a Polícia Civil.
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