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Jovem artista se destaca como cantora em Palhoça

Por Vitória Schettini

Com uma rica diversidade cultural e uma paixão pelas artes, Ana Júlia Garcia Zanin, uma jovem palhocense, de 18 anos, destaca-se na cena artística local. Ela conta mais sobre sua trajetória, que é permeada por experiências em música, dança, teatro, e esportes, para o Lê NOTÍCIAS.

Ana Júlia, que nasceu em Florianópolis, mas desde pequena mora em Palhoça, relata que sempre teve esse lado cultural incentivado pelos pais, que são educadores físicos. “Eu fiz esportes desde muito nova, tendo aulas de natação, vôlei, judô, xadrez, handebol, além do ballet. Esse contato me proporcionou uma boa bagagem, sobretudo quando comecei a explorar minhas habilidades artísticas também”, relembra.

INFÂNCIA

De acordo com Ana, desde criança ela é apaixonada por música e atuação, aproveitando as conhecidas canções da Disney para aprender as letras e atuar. Contudo, por muitas vezes, a insegurança se manifestava, impedindo-a de tentar cantar e seguir em frente.

“Foi assim até eu descobrir o teatro musical em 2017, quando comecei a me interessar por canto. Fiquei encantada pela estética e entrei de cabeça nesse mundo teatral. Ao assistir pela primeira vez uma peça de teatro musical, em 2019, eu pude visualizar meu sonho se realizando bem diante dos meus olhos. Eu ia pessoas próximas, que já estavam vivendo o que eu tanto queria. Assim, dediquei os anos da pandemia para estudar Música”, revela ao .

OPORTUNIDADES

Objetivando conhecer mais sobre Música, Ana Júlia iniciou, em 2020, um curso de teatro musical com a CIA GRITO, além de aulas de piano. As aulas de canto, segundo ela, eram realizadas explorando o YouTube, inicialmente. Mais tarde, começou a fazer aulas de canto na Escola Soberano, em 2021, com a fonoaudióloga e vocal coach, Claudineia Crescêncio, nome renomado entre os preparadores vocais de Florianópolis.

“Nos próximos anos, meus sonhos começaram a se tornar realidade. Entrei na CIA GRITO em 2022, apresentei três espetáculos com sessões esgotadas no Teatro Ademir Rosa (CIC) e no Teatro Pedro Ivo, além de protagonizar em dois cursos realizados pela companhia no Teatro Saem. No ano passado, comecei meus trabalhos com uma banda de formatura de São José, me apresentando sempre aos sábados para fazer a festa dos formandos, nas mais variadas casas de shows, além de fazer algumas viagens a Lages”, pontua.

Ana Júlia finalizou os trabalhos com a banda, a fim de focar nos estudos de vestibular e logrando êxito em ingressar na graduação em Farmácia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Neste ano, ela retornou à CIA GRITO, tendo mentorias e aulas de canto com a vocal coach, Gladys Regina, que é uma personalidade popular no meio musical de Florianópolis.

CANTA PALHOÇA

Neste ano em sua terceira edição, o festival Canta Palhoça já se consolidou como o principal evento da cidade, tendo como intuito descobrir novos talentos musicais e apresentar ao público canções inesquecíveis. Ana Júlia foi uma das participantes do evento, que ocorreu neste mês, no Shopping Via Catarina.

Para participar, foi necessário preencher um formulário de interesse e enviar um vídeo cantando uma música de gosto pessoal para que uma banca de jurados, que ainda não foram apresentados, fizesse a seleção. Já para audição por vídeo, foi preciso gravar na horizontal e enviar para o WhatsApp da Prefeitura de Palhoça, informando o nome do candidato.

“Até que foi um processo rápido. Pois, do momento que fui notificada de ter passado até o dia da apresentação, não restava mais do que uma semana. Precisei ser ágil e pensar em uma música confortável e com uma mensagem que pudesse me tocar e ser facilmente interpretada. Como o estilo que eu me familiarizo é o internacional, optei por uma escolha que seguisse esse estilo e combinasse com a minha voz. Além disso, era de suma importância que a música mostrasse os registros e nuances da minha voz que mais a destacasse. Assim, a escolha foi “Drivers License” da Olivia Rodrigo, em uma versão no piano, que já é familiar para minha voz”, destaca Ana Júlia.

Para a apresentação, a palhocense dedicou uma semana para estudar a canção com a professora Gladys, que a auxiliou nos mínimos detalhes, além de trabalhar a segurança no palco e interpretação da música. O dia da apresentação se aproximava e, mesmo com sintomas de gripe, Ana não desistiu e foi em frente.

“Confesso que fiquei com medo de não ter minha voz recuperada a tempo. Então, tomei consciência do que era necessário fazer e me hidratei o máximo possível, tomei os remédios e cuidei de forma dobrada da alimentação. Com os cuidados necessários, pude estar em boas condições de entregar uma ótima performance no dia 11 de abril, conforme previa os meus estudos”, afirma a cantora.

Sendo a primeira vez em que participou de uma competição musical, a jovem cantora revela que sempre teve problemas com competição, por se cobrar demais e nunca se considerar pronta o suficiente.

“As experiências que eu vou vivendo, enquanto ainda não me sinto muito confiante, é que vão me levar a ter essa confiança.. Mas, para isso, é preciso arriscar. Acredito que o Canta Palhoça está sendo muito mais uma jornada de autoconhecimento e superação pessoal, do que propriamente uma disputa com os demais participantes. Apesar disso, já participei de várias audições para teatro musical, que são tão desafiadoras e criteriosas quanto as competições de canto. Enfrentar uma banca avaliadora é sempre assustador”, ressalta a jovem.

OUTROS INTERESSES

Além do canto, Ana Júlia também tem inclinação ao teclado e violão, já tendo algumas composições próprias. No entanto, ela ressalta que ainda quer estudar mais teoria musical antes de explorar mais a área.

“Algumas coisas que só o tempo e os estudos dirão… Alguns colegas do meio musical são compositores e, às vezes, trabalho com eles em suas composições. Talvez, em um futuro próximo, possa lançar algumas músicas que eles compuseram ou desenvolver melhor alguma das minhas. Tantas áreas para explorar… afinal, arte é de fato muito ampla e diversa!”, afirma.

INFLUÊNCIAS MUSICAIS

Entre os artistas que influenciam sua trajetória musical, Ana Júlia conta que sempre se baseou no estilo internacional de clássicos antigos, que é seu favorito. Ainda, ela diz que se aproximou do gênero devido aos estudos da língua inglesa, o que a auxiliaram no desenvolvimento de suas habilidades linguísticas.

“As composições antigas conquistaram meu coração pelos seus elementos atemporais. As minhas bandas favoritas são ABBA, Queen, Beatles e os artistas são Elton John, Whitney Houston, Elvis Presley, Michael Jackson e Billy Joel. Todos eles têm um jeito fantástico de compor e mostrar sua arte. São músicas muito tocantes que, só de você ouvir um acorde, a nostalgia te invade e você é direcionado para o mundo que o compositor te propôs a entrar, no momento exato em que ele escreveu aquela canção”, destaca.

Ainda, de acordo com ela, o teatro musical e a influência que suas habilidades teatrais têm no seu jeito particular de cantar. Os conhecidos musicais da Broadway que ela já acompanhou, como Hamilton e Wicked, a auxiliaram a decorar as letras e a desenvolver o canto, ao mesmo tempo em que Ana Júlia melhorava o inglês.

MENSAGEM DE INCENTIVO

Aos que desejam seguir na carreira artística, a palhocense deixa uma mensagem de incentivo, ressaltando sobre a importância de arriscar e tentar, até a realização do sonho.

“Se você é apaixonado pelo o que faz, se você ama fazer arte, você já tem metade do caminho feito. Quando existe paixão por algo, sua energia transcende qualquer obstáculo que possa te encontrar pelo caminho. Acredito que a falha é o que te leva ao acerto. Devemos aprender a lidar com as partes da gente que não gostamos muito. Esse é o verdadeiro desafio. A zona de conforto te limita, já o desafio te surpreende. Não se encontram pedras preciosas em plena luz do dia. As mais brilhantes estão nas profundezas de minas. Lugares difíceis que guardam a beleza e a honra daqueles que até lá foram procurar. Então, acredito que devemos encarar nossos pontos fracos. O seu adversário maior é a sua própria mente. E que você que esteja lendo possa incentivar outras pessoas também a fazer arte. Então, seja a sua própria arte. Seja você!”, finaliza a jovem.

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