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Família de menina que nasceu sem esôfago luta por cirurgia: ‘não pode comer com a boca’


Zípora Oliveira Aguiar, de apenas dois anos, foi diagnosticada com atresia de esôfago logo após o parto em Santos, no litoral de São Paulo. A condição indica a formação incompleta do órgão. Zípora Oliveira Aguiar, de dois anos, precisa passar por cirurgia para reparação do esôfago
Arquivo Pessoal
A família de uma menina de dois anos, que nasceu sem esôfago [órgão que faz parte do aparelho digestório], luta por uma cirurgia que pode reparar o problema. Ao g1, a mãe de Zípora Oliveira Aguiar contou, nesta quarta-feira (24), que a filha aguarda pelo procedimento na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) há mais de um ano e, enquanto isso, tenta arrecadar R$ 250 mil na alternativa de fazê-lo em particular. “Queremos que ela tenha qualidade de vida o mais rápido possível”, desabafou.
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Zípora nasceu no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, no litoral de São Paulo. A menina foi diagnosticada com atresia de esôfago [formação incompleta do órgão] e cardiopatia congênita [doença em que há anormalidade na função ou estrutura do coração] logo após o parto.
Segundo a mãe, Suenne Oliveira, a menina já passou por uma série de procedimentos cirúrgicos, como a colocação de uma sonda para se alimentar, cirurgia cardíaca e até uma esofagostomia, uma espécie de ‘furo’ no pescoço para escoar a saliva.
O objetivo, agora, é a atresia esofágica [cirurgia para devolver a capacidade normal de deglutição]. “Desejamos que ela tenha qualidade de vida mais rapidamente para que possa ter uma infância decente, como uma criança merece”, desabafou a mãe.
Suenne acrescentou que, no caso de Zípora, o procedimento no esôfago só poderia ser realizado a partir do primeiro ano de vida dela. “Era preciso esperar que ela crescesse, pois não tinha como fazer a ‘ligação’ [do esôfago] logo após o nascimento”, explicou.
Vida e a cirurgia
A família afirmou que, apesar da pouca idade, Zípora já demonstra querer comer como as outras crianças e adultos. Este é um dos fatores que fazem os familiares correrem contra o tempo em busca de dinheiro para custear a cirurgia em particular.
“Ela não pode comer com a boca, apenas por sonda. Mas é uma criança ativa, que entende tudo que você fala e já tem essa necessidade: quer comer pela boca”, explicou a mãe. “Ela não aceita olhar para a própria barriga e ver a sonda. Olha no espelho e vê coisas diferentes da gente”.
Suenne estipulou o valor de R$ 250 mil, levando em consideração o preço da cirurgia, de R$ 200 mil, mais a possibilidade da menina precisar passar por outros atendimentos médicos após o procedimento. “Sei que é alto, mas não vou perder as esperanças”, desabafou ela. Os interessados em ajudar podem entrar em contato com a família por meio das redes sociais.
Zípora precisa passar por cirurgia para reparação do esôfago
Arquivo Pessoal
Saúde
Ao g1, a Secretaria de Saúde de São Paulo informou, por meio de nota, que Zípora estava em acompanhamento na especialidade de cirurgia pediátrica no Hospital Guilherme Álvaro (HGA), tendo o último retorno dela acontecido em 16 de abril deste ano.
A pasta acrescentou que, pela complexidade de seu caso, a menina foi encaminhada para o Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (HC).
“Ela está matriculada desde maio de 2022 na unidade e sua próxima consulta com cirurgião está marcada para o dia 3 de maio. A mãe foi orientada pelo HGA e está ciente da tratativa”, complementou a secretaria.
Médico
Ao g1, o médico gastroenterologista e hepatologista Aristides Rodrigues Junior explicou que o esôfago é um órgão que tem a função de levar, por meio de movimentos musculares, o alimento da boca para o estômago.
Ele acrescentou que a atresia, por sua vez, faz com que não haja esta conexão. “Geralmente as complicações são respiratórias [as chamadas fístulas] e o excesso de salivação é observado. A alimentação tem que ser por via endovenosa [na veia], e a cirurgia deve ser realizada com rapidez, assim que melhore a condição clínica do recém-nascido”, explicou.
O procedimento cirúrgico, ainda de acordo com o médico, inclui a ligação do esôfago com o estômago e o fechamento da fístula [a comunicação do esôfago, por exemplo, com a traqueia ou o pulmão].
O médico ressaltou que os riscos, como todo procedimento cirúrgico, “incluem estreitamento no local operado, necessitando às vezes a reoperação”. Ele afirmou também que o ideal é que as cirurgias sejam feitas em centros especializados, com excelência em cirurgia pediátrica, nutrição e cuidados de enfermagem, fonoaudióloga e fisioterapia.
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