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Cães da raça pitbull, como a amorosa Shera, precisam de um novo lar em Florianópolis

Eles alegram as casas, protegem os que os amam e são verdadeiros aliados. Alguns, entretanto, caem nas mãos erradas e entram em situação de abandono. Há quase duas décadas, a Dibea (Diretoria de Bem-estar Animal) atua para salvar vidas e devolver pets abandonados e maltratados para pessoas realmente dispostas a cuidar e amar os patudos.

Dibea pitbull

Dibea, a casa de passagem para pets abandonados, luta para encontrar lares amorosos para seus 37 pitbulls à espera de adoção – Foto: Dibea/Divulgação

Criado e mantido pela Prefeitura de Florianópolis para ser uma casa de passagem, a Dibea, entretanto, tem desafios para dar um novo lar, sobretudo para os pitbulls. Atualmente, o espaço físico que comporta 120 animais, em média, tem quase 200. Ou seja, o quadro é de superlotação. Por mais que consiga dar uma nova família para cerca de 50 animais por semana, a diretoria recebe outros 70 no mesmo período. O total de moradores flutua, porque depende da socialização dos animais. Quando tem muitos que são reativos e precisam ficar isolados, a capacidade total cai bastante.

“A rotatividade dos gatos é maior. As pessoas conseguem ter dois, três gatos, não se preocupam tanto com o tamanho do animal. A dificuldade é com os cachorros, principalmente pitbull e mistura de pitbull”, conta a diretora do Dibea, Bárbara Becker. Atualmente, 37 pitbulls estão na Dibea, alguns ocupando vagas sozinhos e, cada vez mais, essa população tem crescido. “Tem pitbull que mora aqui há mais de cinco anos. As pessoas não têm interesse e fica esse grupo fixo, o que diminui as nossas vagas e, principalmente, a perspectiva de serem adotados. Quanto mais velhos, mais difícil”, relata Bárbara.

Dibea pitbull

Shera, uma pitbull amorosa, busca um novo lar cheio de amor e cuidado – Foto: Dibea/Divulgação

A pitbull Shera é um dos exemplos. Ela vivia em péssimas condições com uma pessoa em situação de rua e era maltratada, inclusive com agressões. Shera está na Dibea há praticamente dois anos. Tem aproximadamente cinco de vida, é super amorosa, brincalhona e carente. Precisa ser filha única, pois tem dificuldades de convívio com outros animais, porém, se dá muito bem com pessoas. Conforme a diretora da Dibea, existe um grande preconceito com a raça pitbul. “Eles são uns amores. Alguns têm vícios de comportamento, mas a maioria poderia ser adotado e não é, porque as pessoas acham que há perigo. O animal não necessariamente é violento por ser pitbull, muito pelo contrário”, argumenta Bárbara.

Ainda conforme a diretora, além do preconceito, a superlotação tem outras razões: “O problema seria resolvido se as pessoas adotassem. São 100 mil famílias no município e aqui 200 animais. Escutamos bastante que os imóveis costumam não aceitar pets e tem o abandono, em especial sem castração, que gera diversos filhotes pelo município”, lamenta Bárbara. Perdidos na rua, muitos animais abandonados saem ao léu, perambulam atrás de comida e acabam atropelados. “Nesses casos, resgatamos com urgência, tendo vaga ou não, porque o animal precisa de atendimento”, completa Bárbara.

Dia a dia na Dibea

Dibea pitbull

Ajude a Dibea a transformar a vida dos animais abandonados em Florianópolis. Você pode adotar, doar ou se voluntariar para fazer a diferença na vida desses patudos – Foto: Dibea/Divulgação

No conceito, a Dibea deveria ser casa de passagem, que recolhe o animal da rua, trata e destina para uma família. A Dibea faz todos os esforços, mas não é o local ideal para a permanência e alegria dos animais.

“Temos água, comida, coberta, tudo que precisa para sobreviver, mas não conseguimos passear, brincar todos os dias. Apesar dos voluntários, não temos funcionários específicos para isso. Recebemos, examinamos, tratamos, fazemos a castração e colocamos para adoção”, explica Bárbara. Ainda conforme a diretora, os números de adoção são bons, porém, o volume de abandonos é muito maior. “A adoção realmente cresce com o tempo, porque tem mais famílias em Florianópolis, mas também tem muita compra de animais. A conta nunca fecha”, diz Bárbara.

Amanda Rocha é veterinária do Dibea há um ano. Segundo ela, normalmente, os animais chegam com a saúde bastante debilitada. “Temos que tratar, recorrer a uma variedade de exames e recursos para restabelecer a saúde”, explica. Os maiores desafios decorrem dos animais atropelados em via pública. “Tem também os que chegam após boletim de ocorrência, que recolhemos. Esses, num geral, chegam num estado de saúde extremamente debilitado. Não só fisicamente, mas a questão psicológica. Ficam com sintomas de abandono, ansiedade por separação”, reforça Amanda.

Dibea pitbull

Na Dibea, a veterinária Amanda Rocha e sua equipe dedicam-se a cuidar e reabilitar os animais abandonados, proporcionando uma segunda chance para eles – Foto: Dibea/Divulgação

Segundo a veterinária, os patudos chegam com traumas diversos. Quando têm medo de homens, ou de vassouras, por exemplo, é sinal de trauma ou agressão no passado. “Aos poucos fazemos a adaptação e ressocialização. No geral, quando saem daqui e vão para uma família têm uma mudança de comportamento drástica, se soltam. Aqui também notamos diferença, porque saem do mal-trato e recebem carinho”, destaca a profissional. “É para ser só uma passagem, mas fazemos tudo ao nosso alcance para dar o máximo a eles”, completa Amanda.

Pessoas interessadas em devolver a alegria para cães e gatos abandonados em Florianópolis podem ajudar de diferentes formas. Além de adotar os disponíveis, fazendo contato pelo WhastApp no (48) 99922-0578, podem fazer qualquer tipo de doação para a Dibea. Itens que eventualmente não são usados, como ração, são doados para comunidades e munícipes carentes.

Conforme determina a Lei Municipal nº 10.199, de 27 de março de 2017, a Prefeitura Municipal de Florianópolis informa que a produção deste conteúdo não teve custo, e sua veiculação custou R$2.000,00 reais neste portal.

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