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Justiça condena prefeitura de Bauru a pagar o Piso Nacional do Magistério aos professores


Acórdão, assinado pela desembargadora Maria Fernanda de Toledo Rodovalho, altera parte da decisão de 1ª instância, mas mantém obrigatoriedade sobre pagamento do piso da categoria. Sentença foi proferida nesta terça-feira (23) e cabe recurso. Em fevereiro, profissionais chegaram a entrar em greve na cidade. Justiça condena Prefeitura de Bauru a pagar o Piso Nacional do Magistério aos professores
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a decisão de 1ª instância que condenou a Prefeitura de Bauru (SP) a pagar o Piso Nacional do Magistério aos professores da rede municipal de ensino. A sentença foi proferida nesta terça-feira (23) e cabe recurso.
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Segundo a desembargadora Maria Fernanda de Toledo Rodovalho, “a lei federal 11.738/08, que instituiu o mínimo do magistério no território brasileiro, têm abrangência nacional, de modo que nem a União, nem os Estados, Distrito Federal ou municípios podem fixar vencimento inicial da categoria abaixo do previsto na jornada ali estipulada”.
O caso já havia sido julgado pela 1ª Vara da Fazenda Pública de Bauru, no dia 23 de novembro de 2023, e teve origem numa ação civil pública ajuizada pelo Sindicato dos Servidores Municipais (Sinserm).
Na sentença, apesar de determinar o pagamento do piso aos servidores, a desembargadora alterou parte da decisão de 1ª instância que havia determinado o escalonamento das carreiras e o pagamento reflexo sobre as demais verbas salariais que compõem o vencimento.
Durante a ação, a Prefeitura de Bauru chegou a pontuar que não há previsão na Lei Orçamentária para o pagamento do piso. No entanto, a desembargadora rechaçou a tese e afirmou que a norma que instituiu o piso a nível nacional prevê o repasse de valores da União quando não houver condições de cumprir o mínimo.
A desembargadora ainda rejeitou o argumento da prefeitura de que uma súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) impede o Poder Judiciário de praticar ingerência na administração pública a ponto de elevar salário de servidores. Ela pontuou, na decisão, que “não se trata de interferência indevida da Justiça, pois já existe lei”.
Em nota, a prefeitura de Bauru afirmou que, em nenhum momento, se opôs a pagar o piso do magistério e que já encaminhou um projeto de lei (PL) à Câmara sobre o piso e questões relacionadas à carreira da categoria.
Greve dos professores
Durante 23 dias, no mês de fevereiro, profissionais da educação de Bauru realizaram uma greve que tinha como ponto central a regulamentação do piso salarial do magistério na cidade.
O encerramento da paralisação ocorreu no 29 de fevereiro, após a categoria ter recebido mais uma negativa da prefeita da cidade, Suéllen Rosim (PSD), para avançar nas negociações sobre o Projeto de Lei (PL) que estabelece o piso salarial nacional dos profissionais da educação no município.
Assembleia reuniu servidores da educação no Sinserm, em Bauru (SP)
Sinserm/Divulgação
Com a negativa do Executivo de Bauru sobre a proposta, os servidores optaram por encerrar a greve e articular outras ações para organizar o seguimento.
O projeto de lei que instituiu o pagamento do piso da categoria é discutido desde o dia 11 de janeiro deste ano e, diante da ausência de um consenso entre as partes, os profissionais da educação decidiram paralisar as atividades no dia 9 de fevereiro.
A princípio, a paralisação afetou as aulas de cerca de sete mil alunos dos 23 mil do sistema municipal de ensino. No entanto, uma decisão liminar determinou 70% do efetivo continuassem em atividade durante a greve da categoria.
Pais foram informados na entrada de uma das escolas de Bauru que nem todas as turmas teriam aula
TV TEM/ Reprodução
A principal exigência da categoria, além do pagamento do piso, está relacionada à garantia de que o professor tenha no mínimo um terço da jornada básica legal sem interação com o aluno – previsão da lei do piso do magistério que não consta do texto enviado à Câmara pelo poder Executivo.
A proposta ainda não foi votada pelos vereadores, uma vez que a pauta legislativa de Bauru está travada desde 19 de fevereiro por conta do regime de urgência incorporado sobre o PL que discute a concessão do sistema de esgotamento sanitário à iniciativa privada.
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