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Justiça absolve PMs acusados por morte de adolescente no Morro da Providência em 2015


Foram absolvidos Paulo Roberto da Silva, Pedro Victor da Silva Pena e Gabriel Julião Florido. Em 2015, os militares foram presos após um vídeo mostrar os agentes mexendo na cena do homicídio de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, em um dos becos da comunidade. Eduardo Felipe Santos Victor tinha 17 anos
Reprodução / Facebook
A Justiça do Rio absolveu três policiais acusados de matar um jovem de 17 anos no Morro da Providência em 2015. A sentença do juiz Daniel Werneck Cotta, da 2ª Vara Criminal, foi dada pouco depois de 1h desta quinta-feira (25).
Foram absolvidos Paulo Roberto da Silva, Pedro Victor da Silva Pena e Gabriel Julião Florido. O juiz afirma que o Conselho de Sentença reconheceu que Paulo atirou contra Eduardo, mas absolveu o agente, assim como os outros dois citados, pelo crime de homicídio doloso.
A acusação de fraude processual pode ser julgada posteriormente, com possibilidade de pedido de suspensão do julgamento.
Eduardo Felipe Santos Victor tinha 17 anos quando foi morto a tiros em um beco. No dia, havia uma operação policial no morro, com troca de tiros entre os militares e traficantes.
Uma moradora gravou imagens pouco depois da morte. A gravação, que mostra que a cena do crime foi alterada, mudou o rumo das investigações.
Segundo os policiais, Eduardo foi morto numa intervenção policial, em legítima defesa dos agentes, porque teria atirado contra os PMs. Testemunhas ouvidas à época, no entanto, disseram que o jovem já tinha se rendido e pediu para não morrer.
Em 2019, o mesmo magistrado absolveu cinco PMs suspeitos de alterar a cena do crime. Segundo ele, “os referidos autores agiram amparados por causa excludente de ilicitude, consistente em legítima defesa, sendo imperativa a absolvição sumária.” Após um recurso, três deles passaram pelo novo julgamento.
Julgamento
A sessão de julgamento teve início pouco depois de 13h no 2º Tribunal do Júri, no Centro do Rio.
Paulo Roberto da Silva, Pedro Victor da Silva Pena e Gabriel Julião Florido foram julgados por homicídio qualificado e fraude processual, por causa de um vídeo feito por uma moradora da Providência, minutos depois da morte do jovem.
Nesta quarta, a maior parte das testemunhas era de defesa dos policiais. E das seis testemunhas de acusação, apenas uma compareceu.
Imagem mostra PMs mexendo na cena do crime na Providência
Reprodução
Alteração na cena do crime
Eduardo estava em um beco da comunidade quando policiais fizeram uma incursão no morro. Uma arma foi apreendida, e o adolescente foi apresentado como integrante do tráfico de drogas à polícia. Os policiais foram presos meses depois, quando uma filmagem veio à tona.
O vídeo, feito por moradores, mostra os militares mexendo na cena em que o adolescente foi morto.
Nas imagens, é possível ver que um dos militares colocou uma arma na mão de Eduardo e fez dois disparos para o lado, aparentemente simulando um confronto. Antes, um outro policial já havia feito um disparo com sua própria arma, para o alto.
Os moradores que gravaram o vídeo narraram a cena e disseram que ainda ouviram o jovem gritar de dor. “Eu ouvi o moleque falando: ‘Ai, ai, ai, para, ai, ai, ai, para'”, diz uma testemunha. “Eu levantei no primeiro tiro. Ele botou à queima-roupa. Olha lá o garoto cheio de sangue”, narrou.
Uma testemunha disse, em entrevista à TV Globo, que Eduardo tinha ligação com o tráfico e que estava armado, mas que tentou se render e não reagiu.
Veja reportagem completa sobre a absolvição dos acusados:
Justiça inocenta PMs acusados de forjar cena de crime no Morro da Providência
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