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Polícia Civil investiga morte de jovem em UPA de BH; família denuncia negligência médica


Segundo parentes, Mariane Silva Torres, de 26 anos, chegou à UPA Centro-Sul gritando de dor e sem sentir as pernas e, mesmo assim, o caso dela foi avaliado como ‘sem prioridade’. Família de mulher que morreu em UPA de BH denuncia negligência em atendimento
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que investiga a morte de Mariane Silva Torres, de 26 anos, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul, em Belo Horizonte. O caso aconteceu na última terça-feira (23). A família denuncia negligência médica.
Segundo parentes, após se queixar de não sentir as pernas, Mariane foi levada à unidade de saúde. Ela chegou ao local em uma cadeira de rodas, gritando de dor.
Ainda assim, teve o quadro avaliado como “sem prioridade” e recebeu uma “pulseira verde” ao passar pela triagem. Depois de cinco horas aguardando assistência, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.
Família de Mariane Silva Torres denuncia negligência médica em UPA de BH
Arquivo pessoal
O corpo de Mariane foi velado em uma funerária da capital mineira nesta quarta-feira (24). Em seguida, levado e enterrado em Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha, onde a família mora.
A PCMG informou ao g1 que aguarda a conclusão dos laudos periciais e apura as causas e as circunstâncias da morte.
Demora no atendimento
O namorado de Mariane, João Cláudio Coelho, disse que a jovem ficou deitada no chão, agonizando e pedindo socorro, mas só foi atendida porque um paciente revoltado com a situação interveio e chamou o médico. Ela foi medicada para dor e, em seguida, teve uma convulsão.
Mariane Silva Torres, de 26 anos
Arquivo pessoal
“Primeira informação é que ela estava tendo uma crise de ansiedade. Tomou remédio na veia e não adiantou, ela estava com dor ainda. Só que nenhum médico vinha dar o parecer do que tinha que fazer”, disse João.
Amigos e familiares cobraram explicações da equipe da UPA e registraram um boletim de ocorrência denunciando o caso. Nas redes sociais, outros pacientes confirmaram a demora no atendimento (veja abaixo).
Nas redes sociais, outros pacientes confirmaram a demora no atendimento.
Reprodução/MG2
Boletim de ocorrência
De acordo com registro da Polícia Militar, o médico responsável pelo plantão afirmou que a paciente foi classificada com o selo verde porque “provavelmente não tinha alteração de dados vitais”.
Ainda conforme descrito no documento policial, a vítima ficou em observação por um tempo e, ao ser constatado que ela estava sem pulso, foi encaminhada à sala de emergência, onde os profissionais iniciaram as manobras de ressuscitação.
“A manobra foi realizada por cerca de uma hora e seis minutos, sem sucesso, e o óbito foi constatado às 18h01min do dia 23 de Abril de 2024. Posteriormente foi utilizado um aparelho de ultrassonografia , que detectou grande quantidade de líquido na região torácica suspeitando de embolia pulmonar”, afirmou o médico.
O que diz a prefeitura
Ao g1, a Prefeitura de Belo Horizonte lamentou o ocorrido e disse que a paciente recebeu a assistência necessária enquanto esteve na unidade. Veja nota abaixo:
“A usuária chegou ao local às 13h30 com queixa de dor no peito e nas pernas. Ela passou pela classificação de risco às 13h32 e, por volta das 14h50, foi medicada.
Após estar medicada, e enquanto aguardava a reavaliação da equipe, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória e foi imediatamente levada para a sala de emergência. Apesar de todos os esforços e manobras de ressuscitação, realizadas pelos profissionais da UPA por mais de uma hora, ela não resistiu às tentativas de reanimação. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML).
A Secretaria Municipal de Saúde se coloca à disposição para todos os esclarecimentos necessários”.
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