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Identificação de corpos achados em barco à deriva no PA ainda terá duas etapas de protocolo da Interpol, diz PF


Pescadores encontraram barco, sem motor nem leme, no litoral paraense. A embarcação continha corpos humanos e levou um dia para ser removida da água. Equipes federais e estaduais vêm atuando para identificar as vítimas que saíram da África rumo à Europa. Nove foram enterradas em Belém. Corpos que estavam em barco à deriva no Pará foram enterrados em Belém.
Adelson Albernás / TV Liberal
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Ainda faltam mais duas etapas do protocolo da Interpol para que a Polícia Federal conclua o trabalho de identificação das nove pessoas encontradas mortas dentro de um barco à deriva no litoral paraense, e que foram enterradas nesta quinta-feira (25) em Belém. Os nove mortos são homens adultos, todos de países da África.
As investigações apontam que o barco deixou a Mauritânia em janeiro deste ano rumo às Ilhas Canárias, em uma rota migratória da África para a Europa.
A embarcação acabou parando na costa brasileira, sem motor nem sistema de direção, sendo encontrado por pescadores em Bragança, no nordeste do Pará, no dia 13 de abril. A retirada do barco da água levou um dia. O caso mobiliza equipes federais e estaduais nas apurações.
A suspeita é que a embarcação tenha ficado à deriva, dependendo das correntes marítimas e vento, por cerca de dois meses. A PF ainda não consegue precisar quando exatamente as pessoas morreram neste período, mas afirma que as mortes podem ter ocorrido há pelo menos um mês.
Segundo Carlos Eduardo Palhares, diretor do Instituto Nacional de Criminalística da PF, os peritos conseguiram coletar sete das nove impressões digitais. A perícia também trabalha com dados odontológicos e a genética forense, mais conhecida como exame de DNA.
A terceira etapa do processo de identificação que ainda será concluída é a coleta de dados para se chegar aos familiares das vítimas. Segundo a PF, as informações nos celulares e nos documentos devem ajudar. Já a quarta, será a validação, a partir da comparação das informações coletadas com listas internacionais de pessoas desaparecidas.
“Até então, nós cumprimos duas etapas do protocolo de identificação da Interpol – a coleta e a análise dos corpos. As outras duas são coleta de dados com familiares; e a quarta e última é o confronto dos dados para confirmar quem eram os passageiros e a origem deles. Agências internacionais estão nos ajudando nisso e a gente acredita que, nas próximas semanas, vai ser possível gerar a lista de passageiros a partir do contato com familiares”.
Corpos encontrados em barco à deriva no Pará são enterrados em Belém
Com as vítimas, foram encontrados 27 celulares junto aos corpos e documentos, que indicaram a presença de mais pessoas no barco, inclusive mulheres. Os aparelhos ainda podem ajudar nas investigações, mas as expectativas são baixas, segundo Palhares.
“O rastreio dos celulares, que já estão oxidados com o tempo, vão poder indicar onde eles operaram, vamos entrar em contato com as operadoras nos países da África para possivelmente saber quem era o dono daquele aparelho e extrair os dados com êxito, mas a probabilidade maior é que não consigamos”.
No barco, ainda foram encontrados equipamentos para cozinhar e dois galões, que podem ter sido usados para armazenar água ou combustível, e 25 capas de chuva.
Sepultamento
Agentes públicos ao lado dos caixões com as vítimas, em Belém.
Reprodução / Redes sociais
Como forma de dar dignidade às vítimas, os corpos foram sepultados temporariamente nesta quinta-feira (25) em um cemitério municipal de Belém a partir de inumação – procedimento que permite que, após identificados, os familiares peçam exumação das vítimas para sepultá-las no país de origem, por exemplo.
“A gente imagina que uma pessoa que sai de um país na África, se submetendo a essas condições para tentar uma vida melhor, provavelmente ela não teria condições financeiras nem um local para que seu corpo fosse levado, por isso imaginamos que mesmo identificado vai ser difícil que esses corpos retornem para a África e por isso a gente fez questão de fazer uma um enterro digno”, explica Palhares.
PF confirmou que não havia crianças entre os mortos que estavam em barco encontrado à deviva no Pará
Os caixões foram identificados antes de serem enterrados em uma cerimônia não religiosa, que contou com a participação das autoridades envolvidas no resgate dos corpos, incluindo agentes da Polícia Federal, bombeiros, Defesa Civil e Polícia Científica.
A suspeita é que havia mais pessoas no barco, pois 27 celulares e 25 capas de chuvas foram localizadas dentro da embarcação. Os celulares passam por limpeza e perícia em Brasília. Além disso, o barco tinha capacidade para mais pessoas, cerca de 40, conforme a PF.
Entenda
Corpos encontrados com barco à deriva são sepultados em Belém
O barco com os corpos foi encontrado em 13 de abril por pescadores próximo de uma ilha em Bragança, no litoral paraense.
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Foram encontrados nove corpos em avançado estado de decomposição, sendo oito dentro do barco e um próximo dele.
Barco foi encontrado à deriva no Pará com corpos no fundo da embarcação em estado de decomposição
Reprodução
As perícias e identificações iniciaram em Belém e seguem em andamento também em Brasília.
As investigações apontam que o barco saiu da Mauritânia, na África., com destino às ilhas Canárias. A suspeita é que correntes marítimas tenham tirado o barco da rota prevista.
Covas foram abertas para receber os corpos durante a cerimônia.
Reprodução / Redes sociais
Infográfico: veja onde barco com corpos foi encontrado no Pará
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