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Mulheres vivem em lanchonete no Leblon e viralizam: ‘Não entendo como virou essa bola de neve’, diz mãe


Mãe e filha, de 64 e 31 anos, estão vivendo há meses em uma mesa de uma lanchonete da Rua Ataulfo de Paiva. ‘Se fosse uma pessoa de pele morena, com pouca roupa, com pouca mala, não teria despertado curiosidade’, afirmou a mais nova. Mulheres passam o dia na mesa de uma lanchonete no Leblon, na Zona Sul do Rio
Reprodução
Duas mulheres, que são mãe e filha, vêm chamando a atenção de moradores do Leblon, na Zona Sul do Rio. Segundo quem mora ou trabalha no bairro, as duas estão vivendo há cerca de três meses em uma mesa da lanchonete MC Donald’s, na Rua Ataulfo de Paiva.
Ao lado de 5 malas, elas passam o dia no local, chegam a consumir no estabelecimento, e só saem de madrugada, quando a loja fecha. À TV Globo, elas afirmaram que estão procurando apartamento, que não entendem a curiosidade que despertaram, e pedem que as pessoas não se intrometam na vida delas.
“Eu estou achando tudo ridículo, não consigo entender como isso virou essa bola de neve”, disse a mãe.
O g1 ouviu relato de moradores e comerciantes da região e todos confirmaram que elas passam o dia no interior da loja e dormem do lado de fora, esperando pela reabertura. As duas sempre estão acompanhadas de cinco malas grandes.
As mulheres, de 64 e 31 anos, explicaram que estão em busca de um apartamento para alugar no bairro e também mencionaram que recebem apoio financeiro do pai da mais jovem, que mora na Inglaterra.
“Se fosse uma pessoa de pele morena, com pouca roupa, com pouca mala, não teria despertado curiosidade”, afirmou a mais nova.
O g1 entrou em contato com o McDonald’s sobre a situação, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
Recusaram abrigo da prefeitura
As mulheres chegaram a recusar uma oferta de abrigo na segunda-feira (22). Assistentes sociais do Programa Leblon Presente foram acionados e foram ao local oferecer moradia para as duas em um dos abrigos da Prefeitura do Rio.
O g1 entrou em contato com a Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio, que informou que uma equipe de abordagem especializada entrou em contato com as mulheres nos dias 10 e 16 de março na mesma lanchonete, que fica na esquina das ruas Ataulfo de Paiva e Carlos Góis.
Os agentes ofereceram vagas em abrigos e outros serviços da prefeitura, mas o auxílio foi negado pelas duas.
Quem trabalha na região afirma que os funcionários dos estabelecimentos da área também já ofereceram ajuda para as mulheres, que não foi aceita.
As duas são gaúchas e vivem no Rio de Janeiro há 8 anos.
Mãe vivia com grupo de surfistas
Em entrevista à TV Globo , a mulher mais velha contou que por muitos anos viveu com um grupo de surfistas e só largou a o estilo de vida para cuidar da filha recém-nascida.
“Um certo dia eu disse: vou parar e vou engravidar da minha filha que eu quero muito. Desde criança eu a queria”, contou a mulher mais velha.
Ela afirmou que é casada há 34 anos e o marido vive na Inglaterra e que se assustou com a repercussão da permanência delas na lanchonete. Elas afirmaram que não estão há 3 meses no local, mas não quiseram dizer o tempo que permanecem ali.
Moradores afirmam que duas mulheres, mãe e filha, vivem em lanchonete no Leblon com malas
Reprodução
De acordo com a 14ª DP (Leblon), o estabelecimento comercial não registrou ocorrência contra as mulheres e não há comunicação de crime relacionado à permanência delas no local.
A mulher mais jovem afirmou que considera que a inveja gerou a curiosidade sobre elas e confirmou que as duas estão procurando apartamento. Ela elogiou os funcionários da lanchonete e afirmou que os considera amigos.
A mulher de 31 anos afirmou que atualmente estuda para concursos públicos mas, no momento, não tem edital disponível para o cargo que deseja.
Condenações e calotes
Se a presença da dupla no Leblon vem causando alvoroço no bairro a passagem delas por Copacabana também foi marcada por golpes e confusões.
De acordo com a Polícia Civil, as duas possuem três registros de ocorrência por calotes em hotéis localizados em Copacabana. Os golpes aconteceram em 2018, 2019 e 2021. Em todos os casos, elas foram expulsas por falta de pagamento das diárias utilizadas.
Além dos problemas enfrentados no Rio de Janeiro a dupla também acumula confusões em seu estado natal, o Rio Grande do Sul.
Susane e Bruna foram denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em 2018, por injúria racial. Elas foram condenadas a um ano em regime aberto, sendo a pena substituída por prestação de serviços comunitários.
Antes dessa condenação, mãe e filha alugaram um imóvel mobiliado em Porto Alegre. Entre 2014 e 2018, elas moraram em um apartamento na Av Doutor Niló Pecanha, no bairro Boa Vista.
Em contato com a TV Globo, a locatária lembrou como as duas causaram problemas durante o período. Sem contar as reclamações de vizinhos e funcionários incomodado com as grosserias que precisavam ouvir delas, Susane e Bruna também não cumpriram o acordo financeiro firmado entre elas pela moradia.
Sem se identificar, a locatária afirmou que a dupla só pagou os primeiros seis meses de aluguel e resistiam em negociar qualquer tipo de acordo para quitar a dívida pendente.
Ainda de acordo com a locatária, as duas só deixaram o local após uma ordem de despejo da Justiça e com a presença da Polícia Militar.
Sobre os processos sobre despejo e dívidas, as duas negaram a existência de débitos. A mais jovem pediu que não se intrometam na vida delas.
“Hoje em dia, todo mundo pega o nome de todo mundo, coloca no Google e você vai ter lá o que for assim. Agora, eu não devo satisfação de nada. Não fui despejada. Se eu tive um acordo com o proprietário, eu tive um acordo com o proprietário. Se eu quis que fosse assim, foi decisão nossa”, afirmou.
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Essa é uma oportunidade simples, segura, efetiva (e afetiva) de estender a mão e oferecer ajuda a pessoas que estão passando por dificuldades inimagináveis no Rio Grande do Sul, após as chuvas que castigaram o Estado.
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