Em uma sentença proferida nesta quinta-feira (25) pela juíza Lígia Mont’Alverne Jucá Seabra, do Juizado Especial Cível e Criminal e de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de União dos Palmares, um homem foi condenado a 31 anos, um mês e 10 dias de prisão em regime fechado. Ele foi acusado de estuprar repetidamente sua filha, uma série de crimes que começaram quando ela tinha apenas sete anos e se estenderam até os 15 anos de idade.
O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) relatou que os abusos persistiram mesmo após o divórcio dos pais da vítima. Durante o julgamento, foi destacado que os crimes sexuais ocorreram sem testemunhas, aumentando a importância do depoimento da vítima.
A adolescente revelou os abusos à mãe após o padrasto perceber alterações comportamentais preocupantes nela, como reclusão, crises de choro e ansiedade, e tentativas de suicídio. No tribunal, a vítima descreveu com detalhes como foi abusada sexualmente pelo pai, tanto em sua própria residência quanto na dele.
A defesa do acusado tentou descreditar as acusações alegando que mãe e filha buscavam vingança pela separação ocorrida dez anos antes, o que a juíza Lígia Seabra considerou incoerente diante das evidências apresentadas.
Além disso, foi evidenciado que o réu tinha um histórico de violência doméstica contra a mãe da vítima, incluindo agressões em público e ameaças de morte. Tanto a mãe quanto o irmão da vítima, que também não tinham conhecimento dos estupros, testemunharam contra ele, enfatizando o alívio sentido com o divórcio.
O caso está sob segredo de justiça, e o nome do réu não foi divulgado para preservar a identidade da vítima.
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